Grupo extremista Talibã rejeita pedido da ONU
Os talibãs rejeitaram hoje um pedido do Conselho de Segurança da ONU para reverter as restrições impostas às mulheres afegãs, considerando “infundadas” as preocupações expressas pela comunidade internacional.
O Conselho de Segurança pediu, na terça-feira, que os talibãs, no poder no Afeganistão desde Agosto de 2021, “revertam de imediato as políticas e práticas que atualmente restringem os direitos humanos e as liberdades fundamentais das mulheres e das meninas afegãs”, numa declaração adoptada por unanimidade.
O texto do órgão da ONU, composto por 15 membros, cita “a imposição de restrições que limitam o acesso à educação, ao emprego, à liberdade de movimento e à participação plena, igualitária e significativa das mulheres na vida pública”.
O Conselho de Segurança apelou, sobretudo, à reabertura das escolas para todas as meninas, expressando a sua “profunda preocupação” com a obrigação imposta às mulheres de cobrirem o rosto em espaços públicos e quando estiverem a ser gravadas pelas televisões.
No início de Maio, o líder supremo dos talibãs emitiu uma ordem para que as mulheres se cubram totalmente em público, incluindo o rosto, de preferência com a burca, um véu que cobre o rosto por inteiro com uma grade de tecido nos olhos.