LIGA DAS NAÇÕES: Ricardo Horta voltou oito anos depois e foi decisivo
Ricardo Horta, que tem sido notícia pelo alegado interesse do Benfica em ‘roubá-lo’ ao Sporting de Braga, regressou ontem à selecção portuguesa de futebol quase oito anos depois e salvou-a do desaire em Espanha (1-1).
Segundo as palavras de Fernando Santos no final do encontro inaugural do Grupo A2 da edição 2022/23 da Liga das Nações, esse ‘papel’ estava reservado para Cristiano Ronaldo – “estive sempre a contar que poderia entrar na segunda parte e resolver o jogo” -, mas o ‘herói’ foi o avançado bracarense.
Na segunda internacionalização ‘AA’, depois da estreia em 7 de Setembro de 2014, com um inesperado desaire por 1-0 na recepção à Albânia, Ricardo Horta foi hoje a quarta e penúltima aposta do seleccionador nacional, aos 72 minutos.
Depois de Rúben Neves, Gonçalo Guedes e Cristiano Ronaldo e antes de Matheus Nunes, o avançado de 27 anos foi lançado para o lugar de Rafael Leão e, 10 minutos depois, marcou o golo do empate – anulando o de Morata, aos 25 -, servido por João Cancelo.
No embate de 2014, em Aveiro, Ricardo Horta também foi lançado no decorrer do jogo, e igualmente com Portugal a perder por 1-0, então aos 56 minutos, em substituição de William Carvalho, mas, dessa vez não conseguiu fazer a diferença.
A formação das ‘quinas’ acabou mesmo por sofrer uma ‘escandalosa’ derrota na recepção aos albaneses, na estreia na qualificação para o Euro-2016, e Paulo Bento foi demitido, sendo contratado Fernando Santos.
O actual seleccionador luso nunca apostou no avançado bracarense, até à última convocatória, para os quatro primeiros encontros de Portugal no Grupo A2 da Liga das Nações.
No Estádio Benito Villamarín, Ricardo Horta começou no banco, ao lado do companheiro de equipa nos ‘arsenalistas’ David Carmo, que procurava a estreia, e acabou por ser lançado e marcar na sua segunda internacionalização ‘AA’.
O avançado luso já tinha acabado a época em ‘grande’, ao serviço do Sporting de Braga, ao tornar-se o melhor marcador da história do clube, ao chegar aos 93 golos.
Na época 2021/22, Ricardo Horta destacou-se, sobretudo, na I Liga de futebol, ao marcar 19 golos, sendo o terceiro melhor marcador da prova, apenas atrás do uruguaio Darwin Núñez (26, pelo Benfica) e do iraniano Taremi (20, pelo FC Porto).
Após o final do campeonato, o internacional luso tem sido notícia pelo alegado interesse do Benfica, clube que representou na formação.