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Presidente francês Macron – Diálogo com a Rússia suspenso
O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que o diálogo com a Rússia está suspenso desde que se teve conhecimento dos assassinatos de civis ucranianos e do início da luta pelo domínio da região do Donbass.
“A prioridade agora é ganhar a guerra”, reforçou Macron numa entrevista ao canal televisivo francês BFMTV quando regressava da viagem a Kiev, na quinta-feira, onde esteve com o chanceler alemão, Olaf Scholz, o primeiro-ministro de Itália, Mario Draghi, e o Presidente da Roménia, Klaus Iohannis.
Macron defendeu que “o papel da França, além de ajudar a Ucrânia, é manter os vínculos com a Rússia” e admitiu que iria falar com o Presidente russo, Vladimir Putin, “sempre que fosse útil”, mantendo, porém, a transparência para com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
“Nunca negociámos em nome da Ucrânia”, afirmou Macron em resposta à alegada tensão entre a França e Zelensky, depois das últimas conversações com Putin e de ter declarado que a Rússia não devia ser humilhada.
O Presidente francês justificou-se afirmando que é importante manter o diálogo com a Rússia, sobretudo quando não há negociações directas com entre os países envolvidos no conflito, que teve início a 24 de Fevereiro.
Acrescentou ainda que, ao contrário do que algumas pessoas possam pensar, o objectivo desta guerra não é o de “esmagar a Rússia” e apesar de ser “preciso fazer tudo o que for possível para assegurar que a Ucrânia ganhe”, admite que chegará eventualmente o momento em que “os líderes russos e ucranianos terão de se sentar à volta de uma mesa”.
Governo britânico aprova – Extradição de Julian Assange para os Estados Unidos
O Governo britânico confirmou a extradição do fundador do portal WikiLeaks, Julian Assange, para os Estados Unidos onde é procurado pela divulgação de uma grande quantidade de documentos confidenciais. “De acordo com a Lei de Extradição de 2003”, o governo deve assinar uma ordem de extradição “se não houver motivos que parem a ordem”, disse um porta-voz do Ministério do Interior britânico confirmando que a ministra Priti Pratel já assinou o documento de extradição.
A decisão é um momento que pode por termo à longa batalha legal de Assange que tentou durante os últimos anos, no Reino Unido, evitar a extradição para os Estados Unidos.
Formalmente, Julian Assange, de 50 anos, preso no Reino Unido, tem 14 dias para apresentar recurso.
Em reacção à ordem de extradição, o portal WikiLeaks já considerou que se trata “de um dia negro para a liberdade de imprensa e para a democracia britânicas”.
“Qualquer pessoa, neste país, que se preocupe com a liberdade de expressão deve estar profundamente envergonhada com o facto de a ministra do Interior ter aprovado a extradição de Julian Assange para os Estados Unidos, um país que planeou assassiná-lo”, refere o comunicado divulgado pelo portal WikiLeaks.