“Reforma da imigração irá desenvolver a economia americana mas primeiro está a segurança nas fronteiras”
John Boehner, porta-voz do partido republicano admite que a reforma da imigração ajudará a impulsionar a economia.
“A reforma da imigração ajuda a nossa economia, mas primeiro temos que proteger as nossas fronteiras”, disse o republicano de Ohio após ter proferido um discurso no American Enterprise Institute. “Neste momento temos um projecto confuso, uma verdadeira bagunça,” disse.
“O nosso sistema juídico é absoleto, as nossas fronteiras não são seguras, e temos o problema das pessoas que estão neste país sem documentos”, afirma. “Tudo isto precisa de ser corrigido. Nós somos uma nação de imigrantes, quanto mais cedo o fizermos, melhor será para o país. ”
Os comentários de Boehner não fazaim parte do seu discurso voltado para um plano de cinco pontos para impulsionar a economia da América.
Boehner não apresentou surpresas no discurso que fez: Insistiu basicamente na fixação do código tributário dos EUA, nos cortes na despesa, na reforma do sistema legal, controlando os regulamentos federais e impulsionando a educação.
“A América não é simplesmente obrigada a liderar. Estamos novamente a ser chamados para liderar “, acrescentou. “E somos levados a servir com o mesmo espírito com que os nossos pais e avós construíram estes memoriais vivos – com humildade e um desejo de deixar algo que supere nos supere,” concluiu.
Esta semana o “speaker” divulgou um poema de Natal, no qual surge a criticar as ordens executivas de Barack Obama.
“É necessária uma reforma desde o Ohio a Capitol Hill,” diz Boehner. ” Mas não uma ordem executiva, em vez de uma lei. Os americanos já escolheram. Eles esperam resoluções. Mais liberdade menos Washington como está definido na Constituição.”
Boehner corre riscos como republicano moderado que é. Contudo, os mais rebeldes do seu partido aguardam serenamente por Janeiro para saber o que Boehner irá fazer no que respeita à imigração, Síria e Ébola, algumas das questões mais complicadas que vão ser debatidas no senado e no congresso.
A poucos dias das férias em Capitol Hill, o anúncio do reatamento de relações diplomáticas com Cuba apanhou alguns republicanos de surpresa. Chovem as críticas a Obama ao mesmo tempo que o volume de trabalho também aumenta nas contas dos GOP em Janeiro após as férias de Natal.
A reforma migratória não é somente o único ponto de conflito entre Obama e os republicanos. Boehner disse que planeia combater no próximo ano partes do programa de reforma do sistema de saúde conhecido como Obamacare. Além disso, Boehner também quer que o presidente apoie uma longa lista de propostas na Câmara, muitas delas que visam reduzir as regulamentações nos negócios, que não avançaram no Senado controlado pelos democratas.