A saga dos atrasos e cancelamentos dos voos da TAP em Portugal e Newark contada em primeira pessoa

Sair de férias, viajar e visitar familiares e amigos é sempre um momento muito desejado, aguardado e normalmente bem planeado. Os preparativos da viagem, acarretam algum nível de stress, que muitas vezes não chega para ensombrar a excitação e os planos da tão esperada viagem.

No entanto, algumas vezes os imprevistos acontecem e os passageiros são surpreendidos por situações que fogem ao seu controlo.

Foi o que aconteceu ultimamente com alguns passageiros dos voos da TAP, que na volta das férias de Portugal tiveram de lidar com o caos e a desorganização da empresa na tentativa de resolver os seus problemas. 

A história que vamos contar, ouvimo-la em primeira pessoa através de uma colaboradora e colega de trabalho, que na semana passada viveu com sua família uma situação desagradável  no regresso de Lisboa.

Tudo começa com a greve, mas pouco a pouco vai assumindo outras proporções e o resultado é uma aventura caricata, que faz esquecer as delícias das férias e no fim pede-se porque não, mais férias, por favor.As autoridades em Portugal mudaram as regras relativamente à aceitação da prova das vacinas, sendo que na Europa vigoram os cartões digitais, que os Estados Unidos ainda não emitem. Não havendo o tal cartão, há a necessidade de se fazer um novo teste da COVID-19 ali mesmo no aeroporto. E adivinhem? Há que pagar 95 euros cada e mais, tem-se de esperar 8 horas para o resultado e no final o voo partiu.  

A nossa colega Lúcia de Jesus, seu esposo e mãe, uma senhora de idade e com problemas de saúde e mais outras centenas de pessoas passaram por isso tudo. Tiveram de esperar mais de 1 hora só para fazer os testes e mais 4 horas para tentar mudar os bilhetes, pois o voo para Newark a essa hora bem longe já ia. Foram informados que o melhor seria comprar novos bilhetes e pedir o reembolso dos outros bilhetes e que tudo deveria ser feito via o site da empresa. Site este, que de tanta procura dos utentes, nem para entrar dava. Testes da COVID-19 feitos, lá tiveram eles e os outros passageiros de procurar um sítio para passaram a noite e claro mais despesas não previstas. E no hotel, mais outro teste rápido a fazer, pois só aceitam igualmente cartão digital, mas pelo menos esse teste foi mais barato, o que não belisca tanto os bolsos. 

No dia seguinte, apesar da greve e da longa espera lá conseguiram partir para Newark, mas a aventura ainda ia a meio, pois por causa do mau tempo de sábado não puderam aterrar e foram desviados para Boston, onde ficaram retidos 3 horas dentro do avião à espera que as condições do tempo melhorassem e assim voltar para Newark. Sem direito a nenhuma refeição ou lanche, a espera de 3 horas transformou-se numa espera de 8 horas no aeroporto, pois era suposto voltarem de autocarro para Newark. A essa altura já se haviam dado conta que as bagagens ficaram em Lisboa e ninguém sabia explicar o que aconteceu. Apenas diziam uma e outra vez, faça uma reclamação online, tarefa impossível pois o site estava já sobrecarregado.

A solução foi alugar um carro para regressar a Newark, mais despesas e o regresso a casa acontece 2 dias depois da data prevista.

E as malas? Por onde andavam? Após ligar para a TAP em Lisboa às 4:00 de madrugada aqui nos Estados Unidos, lá encontrou uma alma boa que a ajudou a descortinar o destino das bagagens. Bagagens essas enviadas a Newark, sem nenhuma notificação aos passageiros.

Resumindo, um serviço de má qualidade, uma empresa sem rosto e umas férias que vão ser lembradas quiçá por motivos errados.

VOOS NEWARK LISBOA

Mas nem tudo é mau nesta história. Entre os passageiros para o voo de sábado entre Newark e Lisboa que foram cancelados estava Rosa Lima. Compareceu no aeroporto sábado e foi informada ao balcão da TAP que teria de comparecer às 2 da tarde de domingo para seguir viagem nesse dia.

Apesar de perderem um dia de férias, para uns deu jeito a mudança do voo para a cidade do Porto, pois iriam directamente para o seu destino. 

Um pouco apreensivos sobre os testes de COVID-19 que foram feitos há mais de 72 horas, não foi contudo necessário repeti-los pois a TAP em Lisboa autorizou que os mesmos fossem aceites. 

E assim os passageiros seguiram viagem, desta feita sem mais um sobressalto para lidar e contar.                  

MG