Acções de Trump voltam a espantar a América
Não era um nome a que muitos associassem a Trump mas Cassidy Hutchinson, de 26 anos, deu um dos mais brutais testemunhos à comissão parlamentar que está a investigar o envolvimento do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump no assalto ao Capitólio no dia 6 de Janeiro de 2021.
Em resposta a perguntas da copresidente da comissão, a republicana Liz Cheney, a jovem que desempenhou o papel de assessora principal do chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, descreveu calmamente um presidente com comportamentos errantes e determinado a juntar-se aos seus apoiantes, que sabia estarem armados, para invadir o centro legislativo do Estado norte-americano.
Além de frases como “eu sou o presidente” ou “levem-me já para o Capitólio!”, o testemunho de Hutchinson contou com revelações inéditas que podem reforçar o processo penal contra Trump e o seu círculo interno, nomeadamente Rudy Giuliani e Mark Meadows.
Uma das revelações foi que, alguns dias antes de 6 de Janeiro, Pat Cipollone, o advogado da Casa Branca, tinha avisado explicitamente que se Trump fosse ao Capitólio no dia 6 de Janeiro poderia estar potencialmente implicado nos crimes de obstrução da justiça e de obstrução da contagem eleitoral.
Através do testemunho de Hutchinson, o Congresso dos Estados Unidos ouviu algumas das mais graves acusações até agora sobre a influência de Trump no ataque ao Capitólio, mas também sobre a sua indiferença para com o resultado final.