ALBERT F. CADETTE: Vai fazer 100 anos na sexta-feira e ainda lê o jornal LUSO-AMERICANO todas as semanas
Por HENRIQUE MANO | Jornal LUSO-AMERICANO | News Editor
No dia 25 de Março, sexta-feira, o luso-descendente Albert Fernandes Cadette faz 100 anos. No entanto, este veterano de guerra, filho de emigrantes de Velosa, Celorico da Beira, ainda espera com ânsia a chegada do seu exemplar do jornal LUSO-AMERICANO todas as quartas-feiras à caixa de correio de sua casa em Northampton, no estado de Massachusetts – “que continua a ler para se manter informado sobre o que se passa nas comunidades”, garante o filho Joseph, em declarações prestadas a este jornal.
Cadette nasceu em Holyoke, MA, nos arredores de Ludlow, em 1922; o pai era natural da antiga freguesia portuguesa de Velosa, no município de Celorico da Beira (extinta em 2013 e agregada à freguesia de Açores); “com a Depressão da década de 1930, o meu avô, sendo emigrante com poucos conhecimentos de inglês, decidiu voltar para Velosa em 1932, tinha o meu pai cerca de 10 anos.”
É aí que Albert Fernandes Cadette se mantém até 1941, quando regressa aos EUA e a Northampton, onde já estava o irmão Joe e onde igualmente conhece a futura mulher.
Em 1942, com o mundo em guerra, Cadette alista-se na Marinha norte-americana e, após receber treino, junta-se como operador de radar ao USS Parker, a 31 de Agosto daquele ano; esteve numa acção de apoio ao ataque ao Porto de Lyautey, em Novembro de 1942, e, de volta aos EUA, passa à tripulação do USS Saturn, onde fica ano e meio.
A sua carreira militar, que o levaria a diferentes pontos do globo, também lhe granjearam duas menções honrosas por intervenção em teatro de guerra (no Mediterrâneo e no Pacífico) e terminou por volta de 1946, regressando à Califórnia e a solo americano (“que se abaixou para beijar”, conta o filho).
Albert Fernandes Cadette casa-se em 1950 e tem três filhos; esteve casado cerca de 69 anos, até à viuvez em 2019, quando tinha 98 anos.