Alemanha e França alinhadas na estratégia de combate à inflação
Os ministros das Finanças francês e alemão disseram que os seus Governos apostam na “mesma estratégia” na luta contra a inflação e sublinharam a necessidade de aliviar as famílias mais afetadas e de manter as finanças públicas sólidas.
“O Estado não deve fomentar ainda mais a inflação com o seu poder de fogo”, advertiu o ministro das Finanças alemão, Christian Lindner, que apelou para um regresso às finanças “estáveis” com o regresso do denominado “travão da dívida” em 2023.
O ministro liberal alemão também indicou que as medidas de apoio aos cidadãos face ao aumento dos preços devem ser “direcionadas”, para “não deixar as famílias com rendimentos mais baixos sozinhas”, embora também tenha defendido a redução dos impostos para a classe média trabalhadora.
O ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire declarou que a estratégia do Governo francês se baseia em três pilares, o primeiro dos quais é o alívio para as famílias, embora limitado temporariamente, uma vez que se espera que a inflação volte a cair a partir de 2023.
A segunda é a introdução de reformas estruturais, que segundo o ministro produziram resultados “muito positivos” em França, incluindo uma diminuição do desemprego e uma melhoria da competitividade e da atratividade do país como local de implantação.
Finalmente, salientou que o seu Governo está “determinado” a regressar a finanças públicas sólidas através da introdução de novas reformas e a cumprir a meta de 3% de défice máximo até 2027.
Os dois ministros também se pronunciaram contra a introdução de um imposto sobre os lucros inesperados.