António Costa critica fugas selectivas ou mentiras sobre o Conselho de Estado
O primeiro-ministro considera que quem contribui para as fugas de informação no Conselho de Estado “presta um péssimo serviço às instituições, à democracia e ao Conselho de Estado”. “Não contarão comigo para esse mau contributo”, disse.
O primeiro-ministro defendeu esta quarta-feira (6) que quem tem “contado mentiras” sobre o que se passa no Conselho de Estado “presta um péssimo serviço” ao país e recusou confirmar que se manteve em silêncio na reunião daquele órgão.
“Não vou nem dizer sim nem vou dizer não, pelo seguinte: nós devemos respeitar as instituições. Por mim, procuro respeitá-las, procuro ser bastante escrupuloso no cumprimento das regras institucionais, e quem não o faz, acho que presta um mau serviço ao país”, defendeu António Costa, após a inauguração do supercomputador Deucalion, instalado no Campus de Azurém, da Universidade do Minho, em Guimarães.
O primeiro-ministro afirmou que “não há nenhum diferendo” com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e reiterou um compromisso “Nunca ninguém me ouviu falar, nunca ninguém me ouvirá falar sobre reuniões do Conselho do Estado. Eu sou uma pessoa muito institucional, respeito as regras das instituições. E há uma regra fundamental no funcionamento do Conselho de Estado: que as reuniões são reservadas e confidenciais. A lei até prevê que só trinta anos depois do fim do mandato do atual Presidente da República é que a ata da reunião de terça-feira (5) vai poder ser conhecida. Se tiverem paciência, em 10 de Março de 2056, terão acesso à ata”, salientou Costa.