Após 14 anos, Assange entra em acordo com EUA e é libertado
O fundador do Wikileaks, Julian Assange, aceitou declarar-se culpado de conspiração para obter e divulgar ilegalmente informações confidenciais, num acordo com a justiça dos EUA, e já saiu da prisão.
Assange “deixou a prisão de segurança máxima de Belmarsh na manhã de 24 de junho”, foi libertado no Aeroporto de Stansted, em Londres, “onde embarcou num avião e partiu do Reino Unido”, tendo a Austrália como destino final, disse o Wikileaks.
Assange deverá comparecer na quarta-feira perante um tribunal federal das Ilhas Marianas, um território norte-americano no Oceano Pacífico, de acordo com documentos judiciais apresentados na segunda-feira à noite.
O fundador do Wikileaks vai declarar-se culpado e a sua confissão que terá de ser aprovada por um juiz, de forma a que possa voltar para a Austrália.
Ainda antes do anúncio da libertação, um porta-voz do Governo australiano defendeu que o caso “arrastou-se por muito tempo e não há nada a ganhar com o prolongamento da detenção”.
A mãe de Assange disse esta terça-feira que a sua “provação está finalmente a chegar ao fim”, numa declaração aos meios de comunicação australianos. “Estou grata (…). Isto mostra a importância e o poder da diplomacia discreta”, declarou.
“Muitos usaram a situação do meu filho para fazer valer as suas próprias agendas, por isso estou grata a essas pessoas invisíveis e trabalhadoras que colocaram o bem-estar de Julian em primeiro lugar”, afirmou.