Atentado em mesquita no Paquistão faz 88 mortos e pelo menos 150 feridos

O número de mortos causados por um atentado numa mesquita paquistanesa situada nas instalações da polícia de Peshawar subiu para 88 pessoas, avançaram as autoridades locais, apontando o ataque como um dos mais mortíferos dos últimos anos.

O atentado suicida foi perpetrado na segunda-feira, numa altura em que mais de 300 fiéis estavam a rezar naquela mesquita da cidade de Peshawar.

O “homem-bomba” fez explodir o seu colete, atingindo a mesquita, cujo telhado se partiu, e também muitas pessoas que se estavam a aproximar das instalações para rezar, explicaram as autoridades.

O telhado acabou por desabar, ferindo várias dezenas de pessoas, referiu um polícia local, adiantando que as equipas de resgate tiveram de remover vários montes de destroços para conseguir chegar a fiéis presos sob os escombros.

Durante a madrugada e manhã de ontem foram recuperados vários corpos, de acordo com o porta-voz do hospital público de Peshawar, que referiu que a maioria das vítimas era polícias.

O atentado também feriu mais de 150 pessoas, mas o número pode aumentar ainda, já que as equipas de resgate continuam a trabalhar para retirar pessoas presas nos escombros.

O ataque foi inicialmente reivindicado por Sarbakaf Mohmand, comandante do grupo de talibãs paquistaneses, através de uma mensagem publicada na rede social Twitter.

No entanto, horas mais tarde, o porta-voz dos talibãs do Paquistão, conhecidos como Tehreek e-Taliban Pakistan ou pela sigla TTP, Mohammad Khurasani, negou a responsabilidade do grupo, dizendo não ser política do movimento atacar mesquitas, seminários e locais religiosos.

A forma como o terrorista conseguiu chegar ao local continua por determinar, já que a mesquita fica dentro de instalações rodeadas por um muro, numa zona de alta segurança onde também estão outros edifícios governamentais.

O primeiro-ministro Shahbaz Sharif visitou um hospital em Peshawar após o atentado e prometeu “acção severa” contra os responsáveis pelo ataque.

“A escala da tragédia humana é inimaginável. Isso não é menos que um ataque ao Paquistão”, referiu numa mensagem no Twitter.