AVANÇADO ESPANHOL: Samu feliz por ter escolhidos FC Porto
O futebolista espanhol Samu Omorodion assume que as suas características encaixaram bem no FC Porto e alertou para a qualidade da I Liga portuguesa, criticando os que comparam a competição a “uma terceira divisão de Espanha”.
“Estou contente pela forma como comecei a temporada. Cheguei a um clube e a uma equipa em que as minhas características encaixam bem. Uma equipa ofensiva, que gosta de jogar. O melhor clube de Portugal, pelo qual vamos lutar por títulos”, afirmou o avançado, de 20 anos, em entrevista à EFE divulgada no sábado passado.
Neste arranque de temporada, Samu soma sete golos em sete jogos pelo FC Porto, entre I Liga (quatro) e Liga Europa (três), tendo já uma opinião formada sobre a competitividade do principal escalão português, que não deve ser “menosprezado”.
“Há pessoas que olham para a Liga portuguesa como se fosse, com todo o respeito, um campeonato ao nível de uma terceira divisão de Espanha. Mas há jogadores de grande nível, pelos quais se pagaram muitos milhões, e há equipas com um grande nível também. Obviamente, não é a Liga espanhola, mas não se deve menosprezar a Liga portuguesa”, salientou.
Contratado pelo FC Porto ao Atlético de Madrid nas últimas semanas do ‘mercado’, por 15 milhões de euros (ME) por 50% do passe, Samu recordou o processo de transferência e o papel do presidente André Villas-Boas nas negociações.
“Desde o primeiro minuto que senti o interesse que tinham em mim. O presidente veio a Madrid e disse que não iria embora enquanto não me contratasse. É dessa confiança que um jogador necessita. Quero agradecer ao presidente e ao clube pela aposta que fizeram em mim”, referiu.
O avançado, que se encontra integrado nos trabalhos da selecção espanhola de sub-21, com vista à qualificação para o Europeu da categoria, recordou o verão “amargo” que antecedeu a mudança para Portugal, tendo em conta que, depois de ter conquistado a medalha de ouro por Espanha em Paris2024, esteve a treinar à parte do Atlético e viu gorar-se uma transferência para o Chelsea.
“No Atlético de Madrid estava a treinar à parte. Não me sentia integrado na equipa. Treinava, mas a minha cabeça dizia-me ‘não’. Nunca ninguém me explicou por que não contavam comigo. Eu e a minha família passámos mal, houve muitas noites em que chorei. Mas tudo acabou por se resolver e tomei a melhor decisão”, contou o jogador, que tinha como ídolo o antigo avançado camaronês Samuel Eto’o.