Baraka diz que Newark precisa dos milhões que geram as câmaras nos cruzamentos
O Mayor de Newark Ras Baraka e legisladores do Condado de Essex têm insistido na renovação do programa das câmeras nos cruzamentos da cidade e do estado, alegando que as mesmas reduzem acidentes promovem a segurança pública.
Mas as câmeras também têm gerado milhões em multas pagas à cidade, ao estado e à empresa que mantém os dispositivos.
Antes que as câmeras fossem desligadas em Dezembro a receita das multas ultrapassou os 34 milhões de dólares, referentes a mais de 400.000 multas pagos desde que o programa começou há cinco anos, com quase metade a entrar nos cofres municipais, de acordo com dados fornecidos pela cidade.
Das multas pagas entre 2010 e 2014, a cidade recebeu cerca de 16,2 milhões de dólares, ou cerca de 3,2 milhões de dólares em média, por ano.
O restante incluiu cerca de 4,5 milhões em receitas para o Estado e cerca de 13.300 mil dólares para a empresa Redflex sistemas de tráfego, a empresa com sede em Phoenix, Arizona, contratada para manter as câmeras da cidade, segundo os dados.
Cada multa custa aos motoristas $85 – com 34 dólares para a Redflex, 11,50 dólares para o Estado e $ 39,50 para Newark.
Entre 2010 e 2014, os dados mostram um total de 392.551 multas pagas, marcando uma média anual de cerca de 78.510.
Os dados mostram receitas para 2010 até 2013, e os primeiros 11 meses de 2014.
Enquanto as câmeras em Newark se encontram desligadas, a Redflex continua a enfrentar uma série de batalhas legais.
O ex-CEO da empresa foi indiciado em Agosto por acusações federais de corrupção, alegando que a empresa subornou um funcionário de Chicago aposentado, em troca de assistência contratual às câmeras em operação na cidade.
Num processo federal, um executivo da empresa alegou que a Redflex oferecia presentes e subornos pródigos a funcionários do governo em 13 estados, incluindo New Jersey, para garantir novos contratos.
Até que o programa piloto de cinco anos de idade, terminou em 16 de Dezembro Newark possui 19 das 73 câmeras do estado – mais do que qualquer município no programa.
O Mayor de Newark Ras Baraka foi acompanhado por outros presidentes de câmara, deputados estaduais, autoridades policiais e defensores da segurança de trânsito de New Jersey defensores da segurança de tráfego numa conferência de imprensa na Câmara exortando a passagem de uma lei que torne permanente o funcionamento de câmeras no estado.
Numa conferência de imprensa ocorrida no dia 5 de Dezembro destinada a promover a continuação do programa, Baraka argumentou que as câmeras tinham levado a uma redução em acidentes de automóvel.
Mas o legislador estadual Declan O’Scanlon (R-Monmouth), um dos críticos mais fervorosos do programa, disse numa entrevista por telefone que os estudos provam que as câmeras não melhoram a segurança pública.
“É tudo uma questão de dinheiro, afirma Scanlon.”
Referindo-se aos valores das receitas em Newark, O’Scanlon acrescentou: “É chocante saber que foi roubado muito dinheiro aos motoristas de New Jersey.”
O’Scanlon disse que “enquanto Christie for governador, não acredito que esses programas regressem.”
A propósito de projectos públicos, o Luso-Americano solicitou à câmara de Newark informação referente aos “speedbumps” colocados nas ruas do bairro, incluindo nomes das empresas que procederam à sua colocação, preço e votação camarária que levou à colocação dos mesmos dispositivos.