BARCELONA: Figo explica saída para Real
O recente documentário exibido pela Netflix sobre Luís Figo e a sua polémica transferência do Barcelona para o Real Madrid, em 2000, fez reavivar o interesse sobre o assunto, mais de duas décadas depois, e Luís Figo concedeu agora uma extensa entrevista ao jornal britânico ‘The Guardian’ na qual, entre outros temas, abordou naturalmente o assunto.
Figo garante não ter assinado, na altura, qualquer tipo de acordo com Florentino Pérez, na altura candidato à presidência do Real Madrid, apontando o seu empresário na altura, José Veiga, e Paulo Futre, que foi uma espécie de intermediário do negócio, como os responsáveis pela mudança.
Figo explica que acabou por dar o sim para salvar Veiga e Futre.
“Só eu os podia ter salvo, ao ir para Madrid. Foi a única maneira de remediar. Eu estava muito calmo sobre a minha própria posição, mas ao mesmo tempo sentia que tinha o dever de cuidar quem trabalhava comigo. Claro que a decisão final sou eu que a tomo e, por isso, sou eu o responsável”, reconheceu.
“A decisão de os retirar dessa responsabilidade é apenas minha”, acrescentou.
“E, um ano depois, deixei de trabalhar com o meu agente. Devido a algumas situações que surgiram, disse ‘OK, vou voltar a assumir a responsabilidade. Daqui em diante, tu tens a tua vida, eu tenho a minha'”, continuou.
“Eu tinha tudo em Barcelona, mas pensei ‘Não é que esteja a ir para um clube de segunda’. Se não fosse o Real Madrid, talvez não tivesse saído”, reconhece Luís Figo.