BENFICA: ‘Banho de bola’ para resolver e depois golear

O Benfica goleou sábado na recepção ao Vitória de Guimarães, por 5-1, na 25.ª jornada da I Liga de futebol, dando um ‘banho de bola’ na primeira parte, para resolver, e chegando à goleada a gerir a vantagem.

De nada valeu aos minhotos entrarem cautelosos, a defender compacto, com o bloco baixo, porque a dinâmica que o Benfica imprimiu desde o primeiro minuto começou cedo a abrir brechas, fissuras e buracos na estrutura defensiva do Vitória.

De tal forma que se percebeu que o primeiro golo dos ‘encarnados’ era somente uma questão de tempo, e o tempo que levou foram precisamente 13 minutos, quando David Neres cruzou, Rafa desviou de cabeça, e Gonçalo Ramos marcou, igualmente de cabeça.

Este golo não fez o Benfica, de todo, ‘tirar o pé do acelerador’, o seu jogo continuou a fluir, ao primeiro ou segundo toque, sempre em alta velocidade, a fazer sobressair a qualidade técnica de Grimaldo, Neres, Rafa, João Mário, e a desmontar totalmente as marcações zonais e individuais dos jogadores do Guimarães.

O segundo golo chegou aos 28 minutos, na execução de um penálti por João Mário, a punir um derrube a Rafa, que se isolou na cara do guarda-redes, depois de um lançamento longo que teve um desvio precioso de Gonçalo Ramos, mas o Benfica esteve, aos 17 e 23, na iminência de marcar, primeiro por Rafa, que tentou picar a bola sobre o guarda-redes Celton Biai, e depois por Bah, que falhou o alvo com a baliza minhota deserta.

O controlo do jogo e o domínio do Benfica eram totais, e o ritmo elevado que imprimiu anularam qualquer tentativa do Vitória de sair a jogar e esticar o jogo até à área de Vlachodimos, porque não conseguia contornar a pressão alta que os ‘encarnados’ faziam logo na primeira fase de construção de jogo.

O 3-0 surgiu com toda a naturalidade, aos 36 minutos, na jogada mais brilhante do jogo, um hino ao futebol, protagonizada por João Mário, Rafa, Neres e Gonçalo Ramos, em velocidade, com trocas de bola em progressão até à finalização de João Mário, para o seu 17.º golo na prova, mais um do que Ramos.

‘Fizemos um grande jogo’

No final do jogo, Roger Schmidt, treinador do Benfica, afirmou: “Fizemos um grande jogo. Grande primeira parte, com muitas oportunidades e bons golos. Encontrámos sempre os momentos certos para acelerar o jogo. Na segunda parte, reduzimos talvez demasiado o ritmo do jogo, mas, mesmo assim, marcámos mais dois golos. Foi um jogo muito importante, contra um bom adversário.”

“Vejo uma equipa muito motivada, jogadores muito profissionais e disponíveis para se desenvolverem. Precisamos de trabalhar diariamente e encontrar a melhor abordagem para a equipa. Jogamos de maneira fiável, um bom futebol e intenso. Os jogadores estão muito bem conectados, em grande forma individual, mas isso é consequência da exibição co-lectiva”, disse ainda.