Benjamin Netanyahu fala em “completa distorção da realidade” em comparação entre “monstros” do Hamas e forças israelitas

O primeiro-ministro de Israel acusou esta segunda-feira o procurador-geral do Tribunal Penal Internacional de “completa distorção da realidade”, quando este equiparou as forças israelitas aos “monstros do Hamas” ao pedir para ambos, a emissão de mandados de captura.

“Com que autoridade ousa comparar os monstros do Hamas com os soldados das Forças de Defesa de Israel, o exército mais moral do mundo?”, questionou Netanyahu, numa mensagem de vídeo, acrescentando que rejeita “com desgosto a comparação feita”.

O pedido de Karim Khan aos juízes do TPI inclui altos funcionários israelitas (neste caso Netanyahu e o ministro da Defesa, Yoav Gallant) e três líderes do grupo islamita palestiniano (Yahya Sinwar, Ismail Haniyeh e Mohamed Deif). Como razão apresenta alegados crimes e guerra durante os ataques do Hamas a 7 de Outubro e a subsequente ofensiva israelita na Faixa de Gaza.

Entre os crimes, o procurador-geral responsabiliza os dois responsáveis israelitas do uso da fome como “método de guerra” contra civis e o “assassínio intencional”, enquanto responsabiliza os líderes do Hamas pela morte de centenas de civis israelitas.

Netanyahu também acusou de antissemitismo a instituição, da qual Israel não faz parte tal como os EUA, pelo que não é obrigado a seguir as suas ordens.