Biden acredita em um novo cessar-fogo em Gaza “até à próxima segunda-feira”
O presidente manifestou esta terça-feira esperança de que seja alcançado um cessar-fogo em Gaza “até à próxima segunda-feira”, enquanto prosseguem as negociações para um acordo que inclua a libertação dos reféns detidos pelo Hamas.
“O meu conselheiro de segurança nacional diz-me que estamos perto, ainda não está feito. Tenho esperanças que na próxima segunda-feira teremos um cessar-fogo”, realçou o chefe de Estado, em declarações durante a sua viagem a Nova Iorque.
Os países mediadores (Qatar, Egipto e Estados Unidos) estão a tentar negociar um compromisso com Israel e o Hamas tendo em vista uma trégua.
Segundo uma fonte do movimento islamita palestiniano, as discussões centram-se na primeira fase de um plano elaborado em Janeiro pelos mediadores, que prevê uma trégua de seis semanas associada à libertação dos reféns detidos pelo Hamas e dos prisioneiros palestinianos detidos por Israel, bem como a entrada em Gaza de uma grande quantidade de ajuda humanitária.
Mas Israel exige a libertação de todos os reféns durante este intervalo e alertou que uma trégua não significaria o fim da guerra. O Hamas, por seu lado, exige um cessar-fogo total, a retirada das tropas israelitas da Faixa de Gaza do bloqueio imposto por Israel desde 2007.
Após as declarações de Joe Biden, o grupo palestiniano acusou-o de hipocrisia e considerou que a proposta de Washington para um acordo visa “salvar a face de Israel”.
“Biden pratica a hipocrisia política e participa na morte de palestinianos”, disse Osama Hamdan, um membro sénior da ala política do Hamas, em declarações ao diário Filastin, ligado ao grupo islamita.
Disse ainda que a fuga de informação sobre os pormenores da proposta tinha como objectivo “criar fraqueza entre os palestinianos”.