Blinken de visita à China para abordar fricções em laços bilaterais
A deslocação surge pouco depois de uma conversa entre Joe Biden, e o líder chinês, Xi Jinping, e de uma visita semelhante à China realizada pela Secretária do Tesouro, Janet Yellen.
Os laços entre Washington e Pequim continuam tensos, devido a diferenças em várias questões, incluindo a guerra na Ucrânia, conflito entre Israel e o Hamas, a soberania do Mar do Sul da China, e disputas no comércio e tecnologia. “[Blinken] vai expôr de forma clara e franca as nossas preocupações”, durante as conversações, disse um alto funcionário do Departamento de Estado.
A administração Biden tem acusado, nos últimos meses, a China de apoiar a base industrial de Defesa da Rússia, dizendo que o apoio chinês permite que Moscovo ultrapasse as sanções ocidentais impostas após a invasão da Ucrânia e reabasteça as suas Forças Armadas. Já foi confirmado pelas autoridades norte-americanas que este será um dos principais tópicos abordados durante a visita.
Embora os EUA afirmem não ter provas de que a China esteja realmente a armar a Rússia, os funcionários dizem que outras actividades são igualmente problemáticas. “Se a China pretende, por um lado, manter boas relações com a Europa e outros países, não pode, por outro lado, estar a alimentar aquela que é a maior ameaça à segurança europeia desde o fim da Guerra Fria”, afirmou Blinken, na semana passada.
Os responsáveis norte-americanos têm também apelado repetidamente à China para que utilize qualquer influência que possa ter junto do Irão para evitar que a guerra de Israel contra o Hamas em Gaza se transforme num conflito regional mais vasto.
Embora pareça ter sido, de um modo geral, receptiva a esses apelos – sobretudo porque depende fortemente das importações de petróleo do Irão- as tensões têm aumentado constantemente.
Os EUA têm manifestado objecções ao que dizem ser tentativas chinesas de impedir actividades marítimas legítimas de outros países(Filipinas e o Vietname).
Este foi um dos principais temas de preocupação este mês, quando Biden realizou uma cimeira tripartida com o primeiro-ministro do Japão e o presidente das Filipinas.