BOAVISTA, 3 — BENFICA, 0: ‘Encarnados’ irreconhecíveis derrubados por ‘axadrezados’
Uma exibição personalizada permitiu segunda-feira ao Boavista impor-se na recepção ao Benfica, por 3-0, no encontro de encerramento da sexta jornada da I Liga de futebol, que impediu as ‘águias’ de reassumirem a liderança isolada.
No Estádio do Bessa, a grande penalidade de Angel Gomes (18 minutos) e os golos de Alberth Elis (38) e Yanis Hamache (76) interromperam o pleno de triunfos lisboetas no campeonato e pautaram a pior exibição da segunda era de Jorge Jesus na Luz.
O Benfica entregou a liderança ao Sporting, mantendo-se com 15 pontos, menos um que os ‘leões’ e mais três do que o Sporting de Braga, terceiro colocado, falhando a oportunidade de ampliar a diferença sobre o campeão nacional FC Porto, quarto, com 10 pontos.
Já o Boavista somou o primeiro triunfo esta temporada, abandonou a zona de despromoção e ascendeu à 13.ª posição, com seis pontos, na sequência das altas expectativas alimentadas em torno do investimento demonstrado no defeso.
Apesar do calendário apertado, Jorge Jesus apostou na máxima força, ao devolver Gilberto e Adel Taarabt à titularidade, e viu os ‘encarnados’ introduzirem a bola na baliza adversária aos 11 minutos, embora Darwin Núñez estivesse em posição irregular.
O lance criado por Luca Waldschmidt e revertido pelo videoárbitro contrariou a agressividade dos pupilos de Vasco Seabra, cujo bloco compacto condicionava a fluidez ‘encarnada’ e espreitava em cada transição uma ocasião para incomodar Odysseas.
Jesus queixou-se de faltas excessivas
No final do encontro, Jorge Jesus, treinador do Benfica, afirmou: “Tivmos muita dificuldade em saber recuperar em termos posicionais. Cada vez que perdíamos a bola não havia velocidade para impedir algumas situações à entrada da nossa área, como aconteceu até ao terceiro golo.”
“Além disso, o Boa-vista fez 31 faltas e na primeira meia hora já tinha feito 20 e tal. Não nos deixou jogar. Aliás, a fala dos jogadores e da equipa técnica é ‘mata mata, não deixa jogar’ e o árbitro consentiu faltas constantes.
“Não foi só esse facto, também tivemos culpa. Senti a equipa carregada, com falta de mobilidade, mais até quando perdíamos a bola. Devia ter mexido e colocado jogadores mais frescos face aos jogos da Liga Europa, embora queiramos estar em todas as frentes”, disse ainda.