Bolsa de jornalismo para mulheres palestinianas em homenagem a Abu Akleh
O rei da Jordânia, Abdullah II, ordenou que o Jordan Media Institute (JMI) crie uma bolsa anual de jornalismo para mulheres palestinianas em homenagem à jornalista da Al Jazeera Shireen Abu Akleh.
A bolsa, que será financiada por Abdullah II, visa “honrar a falecida jornalista e o seu distinto profissionalismo, bem como a sua coragem em relatar eventos nos territórios palestinianos ocupados e o sofrimento do povo palestiniano”, disse em comunicado.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Jordânia, Ayman Safadi, pediu recentemente uma investigação preliminar e independente da Autoridade Nacional Palestiniana para provar que o exército israelita matou a jornalista, que tinha dupla cidadania palestiniana e americana.
Abdullah II telefonou ao irmão de Abu Akleh, Antony, para “condenar o crime ocorrido durante o ataque israelita”, referindo-se à morte da jornalista, segundo um comunicado real.
Na passada quarta-feira, a jornalista da Al Jazeera, canal de televisão pan-árabe do Qatar, foi morta com um tiro na cabeça enquanto cobria uma incursão de forças israelitas, no campo de refugiados palestinianos de Jenin, no norte da Cisjordânia.
A repórter da Al Jazeera estava vestida com um colete e um capacete que a identificavam como jornalista.
Na sexta-feira, quando o cortejo fúnebre saía do hospital St. Joseph, em Jerusalém Oriental, o sector palestiniano da cidade também ocupada por Israel, a polícia invadiu o complexo e tentou dispersar a multidão, que brandia bandeiras palestinianas.
O caixão com o corpo de Akleh quase caiu das mãos dos homens que o transportavam, quando foram atingidos por polícias armados com cassetetes, segundo imagens divulgadas pela televisão.
As imagens motivaram uma onda de críticas por parte da comunidade internacional, nomeadamente dos Estados Unidos da América, da União Europeia e do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas.