Brasil | Jair Bolsonaro e mais 16 indiciados por falsificação de certificados de vacinação
A Polícia Federal do Brasil (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos no sistema de informações no caso que apura a falsificação de certificados de vacinas de covid-19.
Na prática, tudo isto significa que a polícia encontrou elementos que comprovam o crime. O processo segue agora para as mãos do Ministério Público, que decide se apresenta denúncia à Justiça ou arquiva a apuração.
Além de Bolsonaro, mais 16 pessoas foram indiciadas, incluindo Gutemberg Reis, deputado federal, e Mauro Cid, o ajudante de ordens do ex-presidente que assinou acordo de delação com as autoridades.
O crime de associação criminosa prevê pena de um a três anos; o de inserção de dados falsos em sistema de informações, de dois a 12.
Segundo as investigações, um grupo ligado a Bolsonaro inseriu informações falsas de vacinação contra Covid-19 no sistema público ConecteSUS para obter vantagens ilícitas. Depois, retirou as mesmas informações do sistema. A polícia identificou que os dados falsos foram inseridos poucos dias antes de Bolsonaro viajar para os Estados Unidos (que exigia comprovação de vacinação para a entrada de estrangeiros), em Dezembro de 2022.
De acordo com o inquérito, foram forjados dados de pelo menos sete pessoas: o ex-presidente; a sua filha; Mauro Cid, a mulher e as três filhas do casal.