Brasil tem interesse em “ajudar” TAP que é estratégica para o país e América do Sul 

O ministro dos Transportes brasileiro admitiu o interesse do Brasil “em ajudar” a TAP, transportadora aérea portuguesa, no processo de privatização, considerando a empresa estratégica para toda a América do Sul e em especial o seu país. 

“Com certeza a posição geográfica de Portugal coloca o país como um ‘hub’ (polo) importante tanto para a União Europeia, quanto para a Ásia, para o Oriente Médio e para a África”, frisou Renan Filho em entrevista à Lusa. 

Por isso, “a TAP tem uma posição estratégica para toda a América do Sul e especialmente para o Brasil”, para onde é uma das companhias que mais voa, recordou. 

O Governo português vai aprovar, no Conselho de Ministros do próximo dia 28, o diploma que irá estabelecer o enquadramento do processo de privatização da TAP. 

O interesse do estado brasileiro é ajudar a tornar a companhia aérea portuguesa rentável, declarou o ministro, pois na privatização apenas poderão entrar companhias aéreas ou outros investidores privados brasileiros. 

“O Brasil não tem histórico de colocar recursos (do Estado) em companhias, nem nas suas próprias”, salientou Renan Filho. 

Mas, há companhias brasileiras que “têm cooperação com a TAP” e “grandes investidores no Brasil”, frisou. 

O Estado brasileiro “pode é ajudar a fortalecer a companhia, fortalecendo as rotas aéreas em atractividade, garantindo passageiros e intercâmbio entre os povos e demanda para que os aviões não voem vazios entre o Brasil e Portugal. Eu acho que nesse sentido, certamente” haverá interesse.