Calor: autoridades internacionais alertam para “pressão crescente” nos serviços de saúde
O calor extremo que tem atingido o hemisfério norte está a provocar “uma pressão crescente” nos sistemas de saúde dos países, disse o director da Organização Mundial da Saúde (OMS).
“O calor extremo está a atingir fortemente os menos capazes de lidar com as suas consequências, como os idosos, os bebés e as crianças, bem como os pobres e os sem-abrigo e a aumentar a pressão sobre os sistemas de saúde”, constatou Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante uma conferência de imprensa realizada em Genebra.
O responsável destacou que a Europa, a Ásia e a América do Norte ainda estão a sofrer uma vaga de calor extremo em algumas regiões, o que, segundo os cientistas, resultam das alterações climáticas e do ressurgimento recente do fenómeno El Nino.
“A exposição ao calor excessivo tem uma ampla gama de implicações para a saúde das pessoas (…) levando à morte prematura”, afirmou Tedros.
O diretor da OMS explicou ainda que a organização, em colaboração com a Agência Meteorológica das Nações Unidas (OMM), está a ajudar os países a desenvolverem planos de saúde contra o calor, em particular para os ajudar a prepararem-se melhor e a reduzir os efeitos do calor excessivo na área da saúde.
“Estamos a trabalhar com a OMM para estabelecer um sistema de alerta precoce”, acrescentou a directora do departamento responsável pelas questões de saúde pública e ambiente da OMS, Maria Neira.
A médica espanhola explicou que a OMS está particularmente preocupada com a situação das pessoas que sofrem de doenças cardiovasculares, diabetes ou asma, sobretudo porque o calor extremo pode provocar picos de poluição atmosférica, assim como com as crianças, grávidas e idosos.