Câmara da Guarda ambiciona vencer candidatura para Capital Europeia da Cultura em 2027

O presidente da Câmara da Guarda disse que a autarquia ambiciona ganhar a candidatura a Capital Europeia da Cultura em 2027 e, se tal acontecer, apresentará um “grande programa que fará jus” ao nome da cidade. “Estamos serenos, mas confiantes, porque queremos ganhar, este desafio, esta candidatura. Passar à ‘shortlist’ e depois ambicionar, verdadeiramente, podermos ser a Capital Europeia da Cultura em 2027”, disse Sérgio Costa no Teatro Municipal da Guarda.

Sem apontar valores, lembrou que o investimento feito com a candidatura “é muito avultado”, não teve “qualquer comparticipação” e a verba foi “proveniente da tesouraria directa dos cofres do município”.

Na mesma cerimónia, a antiga ministra Teresa Gouveia, que preside à Comissão de Honra, referiu que a candidatura da Guarda “é o instrumento estratégico para o futuro, para antes e depois de 2027”. Acrescentou que permitirá que o território “seja mais qualificado” e que a população que o habita “virá a ser mais equipada no futuro para enfrentar o seu tempo” e “para ser competitiva no plano Europeu”.

Em Novembro de 2021 a Câmara Municipal da Guarda enviou o processo da candidatura da cidade a Capital Europeia da Cultura em 2027, para análise do júri internacional.

A candidatura tem como director executivo o arquitecto Pedro Gadanho, ex-director do Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT) em Lisboa e ex-curador do departamento de arquitectura e design do Museum of Modern Art (MoMA), em Nova Iorque.

Arquitecto Pedro Gadanho

O director executivo explica que o tema desta nova candidatura “RE/Generações uma Visão da Metrópole Rural” – se justifica pela ideia de “uma metrópole rural ligada à Natureza”.

Como exemplo, referiu que a área abrangida, com cerca de 220/250 mil habitantes, não possui um aeroporto, mas os futuros visitantes podem chegar a pé, de bicicleta, de balão de ar quente, de canoa, entre outras formas.

Apontou que, “por isso, foi proposto que os 19 parques ecoculturais [a criar em cada um dos municípios envolvidos] estivessem ligados por ciclovias”.

A candidatura apresenta um orçamento com a oportunidade de trazer para esta região 53 milhões de euros”.