Câmara de Lisboa prepara pacote“robusto” de apoios à escalada da inflação sem avançar com medidas isoladas
A Câmara de Lisboa começou a discutir possíveis medidas para responder ao impacto da inflação, consensualizando as propostas de todas as forças políticas do executivo municipal para apresentar um pacote “robusto” de apoios, inclusive dirigidos às famílias.
Apesar de existirem já propostas formalizadas pelo BE e pela vereadora independente Paula Marques (eleita pela coligação PS/Livre) para combater os efeitos da inflação na cidade de Lisboa, assim como ideias anunciadas pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa,
Carlos Moedas (PSD), o executivo camarário decidiu consensualizar todos os contributos das forças políticas para avançar com um pacote de medidas, que se prevê que seja discutido na próxima semana.
Em reunião privada, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) iniciou esta sexta-feira a partilha de ideias e propostas sobre o tema, sem votar qualquer medida de forma isolada.
O PS questionou qual o pacote financeiro disponível para as medidas de combate aos efeitos sociais da inflação, mas “Carlos Moedas e a sua equipa nunca forneceram quaisquer dados e a informação necessária para poder avaliar que políticas podem ser assumidas pela autarquia”, disse à Lusa a vereadora socialista Inês Drummond.
“O Partido Socialista não apresenta qualquer proposta sem conhecer o envelope financeiro que Carlos Moedas está disposto a locar ao programa de apoio da CML”, afirmou Inês Drummond, desafiando a liderança PSD/CDS-PP a investir pelo menos o valor de 25 milhões de euros que a câmara inscreveu em 2020, sob a presidência do socialista Fernando Medina, para o Fundo de Emergência Social, em vez dos 4,4 milhões aprovados até 2023.