CANDIDATURA AO MUNDIAL 2030: Marrocos junta-se a Portugal e Espanha

O Rei de Marrocos, Mohammed VI, anunciou quarta-feira que aquele país africano se vai juntar a Portugal e Espanha, que estavam alinhados com a Ucrânia, na candidatura à organização do Mundial de futebol de 2030.

Em Kigali, capital do Ruanda, onde decorre o Congresso FIFA, Mohammed VI anunciou uma candidatura “sem precedentes na história do futebol, que vai unir África e Europa, o norte e o sul do Mediterrâneo, e os mundos africano, árabe e euro-mediterrâneo”, além de trazer “o melhor de todos”, numa mensagem do monarca que foi lida na entrega de um prémio da Confederação Africana de Futebol (CAF).

Por sua vez, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) classificou ontem a candidatura de Portugal à organização do Mundial2030 de futebol, juntamente com Espanha e Marrocos, como “histórica” e prometeu “clarificar em tempo oportuno” a participação da Ucrânia.

“É uma candidatura histórica, já que pela primeira vez seria realizado um Mundial em dois continentes. A união dos três países vizinhos contribuirá para reforçar os laços entre a Europa e África, bem como todo o Mediterrâneo, e inspirará milhares de jovens de ambos os continentes num projecto comum que tem como eixo fundamental o impacto que o futebol pode ter no desenvolvimento desportivo e social”, lê-se numa nota publicada no site oficial da FPF.

Portugal e Espanha tinham anunciado uma candidatura ibérica à organização do Mundial-2030, à qual se juntou mais tarde a Ucrânia, já depois da invasão russa daquele país, mas o soberano marroquino não fez referência aos ucranianos, deixando antever que este país saia do projecto.

Em causa, está a situação que o país atravessa, como a invasão da Rússia, bem como o papel do presidente da Federação Ucraniana de Futebol, Andriy Pavelko, que está actualmente suspenso das suas funções.