CARTÃO VERMELHO: Vieira entregou caução
A defesa do ex-presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, entregou um requerimento de prestação da caução de três milhões de euros, assente em acções da SAD benfiquista e num imóvel, confirmou uma fonte judiciária.
De acordo com a mesma fonte, o imóvel estará avaliado entre 1 e 1,2 milhões de euros e as acções serão avaliadas, primeiro pelo Ministério Público e depois pelo juiz Carlos Alexandre, uma vez que o preço destes títulos é variável.
O requerimento foi entregue no final do dia de ontem e até hoje, sexta-feira, não houve ainda uma resposta sobre a sua validade, apesar da urgência do processo, por estar em causa uma medida privativa de liberdade.
A medida de coação decretada em 10 de Julho pelo juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), no âmbito do processo Cartão Vermelho, impôs prisão domiciliária a Luís Filipe Vieira até à prestação de caução de três milhões de euros, estipulando um prazo de 20 dias.
Carlos Alexandre aplicou também como medidas de coação a Luís Filipe Vieira a proibição de sair do país, com a entrega do passaporte, e de contactar com os outros arguidos do processo: o empresário José António dos Santos e o advogado e agente Bruno Macedo, sendo a excepção o filho do ex-presidente ‘encarnado’, Tiago Vieira, ou-tro dos quatro detidos.
Em causa, segundo o Ministério Público, es-tão “negócios e financiamentos em montante total superior a 100 milhões de euros, que poderão ter acarretado elevados prejuízos para o Estado e para algumas das sociedades”, ocorridos “a partir de 2014 e até ao presente”, susceptíveis de configurar “crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento”.