CASO MAREGA: Vitória de Guimarães critica Pedro Proença
O Vitória de Guimarães criticou, domingo, o presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Pedro Proença, por entender que desrespeitou a “separação de poderes”, ao lamentar uma decisão jurídica relativa ao jogo do ‘caso Marega’.
Os vimaranenses afirmam ter recebido com “estranheza” a posição tomada no sábado pelo dirigente, através de uma publicação na rede social Facebook, ao considerar que decisões como a do Tribunal da Relação de Guimarães, que anulou uma multa de 750 euros imposta a um adepto vitoriano pela Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto (APCVD) por ocultação de identidade, são “incompreensíveis e lamentáveis”.
“Não havendo da parte de Pedro Proença uma clarificação das suas declarações, cabe ao Vitória Sport Clube concluir que o presidente da Liga Portugal desrespeita, com este tipo de intervenções, o princípio da separação de poderes, servindo-se do julgamento de um ato que em si mesmo é absolutamente inócuo e comum a todos os estádios e pavilhões e a todos os desportos – quantos autos terá instaurado a APCVD? – para reacender a discussão do ‘caso Marega’ com referências que não podem deixar de ser entendidas como uma pressão para extrair punições”, lê-se no comunicado dos minhotos no sítio oficial.
A nota, assinada pela direcção presidida por Miguel Pinto Lisboa, vinca ainda que Pedro Proença, ao clamar que o futebol “tem estado na linha da frente do combate a todas as formas de violência, racismo e intolerância”, despertou “associações que nada têm que ver com o processo” julgado pelo Tribunal da Relação de Guimarães.
A APCVD decidiu aplicar uma multa a um adepto que se encontrava junto à claque vitoriana no duelo entre Vitória e FC Porto, de 16 de Fevereiro, por entender que, ao colocar um capuz na cabeça e ao ficar somente com os olhos visíveis, violou as regras.