Centros de Saúde subsidiados em New Jersey recebem pacientes indocumentados e do Medicaid
New Jersey é um dos 28 estados que aceitam dinheiro do governo federal para expandir o programa Medicaid sob o Affordable Care Act. Esta expansão acrescentou quase 400 mil pessoas ao programa de seguro de saúde pública – sem, necessariamente, a adição de mais médicos para os consultar.
Se a dificuldade é encontrar um médico que aceite o seguro do estado, então pode optar pelas 20 clínicas financiados pelo governo federal no estado de New Jersey que oferecem atendimento médico básico para todos. O governo federal atribui 2.800 milhões dólares anualmente aos centros que prestam atendimento para quase 22 milhões de pacientes.
Os referidos Centros de Saúde apoiados pelo governo estão qualificados e autorizados a tratar os imigrantes indocumentados. “Estes centros são uma parte muito importante da rede de segurança, e têm sido desde a década de 1960”, disse Joel Cantor, director do Centro para a Política Estadual de Saúde da Universidade Rutgers. “Francamente, sem eles não teríamos um problema sério com o acesso para pacientes do Medicaid.
O número de pacientes atendidos nestas clínicas aumentou de forma constante e cerca de meio milhão de residentes de New Jersey recorre aos seus serviços. Cerca de um terço dessas visitas apoiam o trabalho dental.
Embora muitos médicos particulares resistam a tratar doentes do Medicaid em virtude de o pagamento ser muito baixo, os centros de saúde acolhem doentes do Medicaid que pagam apenas uma pequena taxa que começa em US $20 ou US $25. (Trabalho Dental pode ser mais caro, mas os centros oferecem planos de pagamento.)
Em Lakewood, uma antiga loja da rede Jamesway, foi remodelada para atender mais de 20 mil pacientes com urgências dentárias. O ano passado esta clínica passou a efectuar detecção de cancro na mama, ultra-sons, e rastreio da densidade óssea.
Reflectindo as necessidades da população ortodoxa, o centro de Lakewood mantém horas que reflectem as exigências religiosas da comunidade: Encontra-se encerrado aos sábados, mas aberto aos domingos.
A fim de ser designado um Centro de Saúde federal qualificado, a instalação deve estabelecer-se numa área ou região carente. Junto com o financiamento do governo federal vêm outros benefícios: os médicos têm vantagem nos seguros de má-prática e podem recorrer a empréstimos académicos.
Em troca, os centros devem tratar todos os que a ele recorrem, independentemente do seguro ou do seu status imigratório.
Tratar toda a gente foi precisamente a intenção de Robert Zufall quando este e a esposa começaram a sua pequena clínica, há 25 anos. Zufall era um médico recém-aposentado, ela enfermeira, quando viajaram para o Perú para prestar assistência médica aos mais carentes.
A experiência foi tão gratificante que pensaram nos mais carentes da América.
“Há muitos pobres hispânicos em Dover. O que é mais perto?'”, lembrou Zufall, agora um viúvo com 90 anos, natural de Parsippany que ainda faz parte do conselho de administração. Começaram a fornecer atendimento gratuito, mas aos poucos perceberam que precisavam de cobrar alguma coisa para cobrir os seus modestos custos. Começaram em US $5, em seguida, aumentaram para US $20.
Quando se qualificaram como Centro de Saúde subsidiados pelo estado, em 2009, consultaram cerca de 10.000 pacientes. No ano passado, esse número subiu para 26.000.
Então, como agora, a maioria dos seus pacientes são hispânicos e brasileiros muitos deles indocumentados.
Os centros de saúde federal não oferecem toda a gama de serviços, porque raramente têm especialistas na equipa. Assim, os pacientes que necessitam de cirurgia, por exemplo, terão de ser observados por um médico noutro lugar.
Uma excelente oportunidade para quem não tem seguro de saúde.