CEO da TAP esclareceu indemnização de 500 milhões a ex-secretária de Estado do Tesouro

Christine Ourmières-Widener, (CEO) presidente executiva da TAP, disse na quarta-feira, no Parlamento, que a saída de Alexandra Reis da companhia aérea deveu-se a “divergências na implementação do plano de reestruturação” da empresa. Foi “a única razão”, disse a CEO da TAP nos esclarecimentos aos deputados sobre a indemnização de 500 mil euros, paga pela companhia aérea, à antiga administradora Alexandra Reis, ex-secretária de Estado do Tesouro.

A gestora afirmou, perante os deputados, que tem “provas escritas” de todo o processo. Disse que recebeu a confirmação escrita do acordo com Alexandra Reis, que lhe foi enviada pelo então secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Santos Mendes.

Indicou que o Ministério das Finanças não esteve envolvido neste processo. Christine Ourmières- Widener considerou que, na sequência deste caso, tem condições para se manter no cargo. “Tenho condições para ser CEO da TAP porque temos agido de boa-fé, completamente de boa-fé ao contratarmos aconselhamento jurídico externo e pedirmos a autorização para a indemnização”, disse.

A audição da responsável da TAP acontece na sequência do requerimento protestativo do Chega, depois de o grupo parlamentar do PS ter rejeitado a proposta de audição num primeiro momento. Antes de responder aos deputados, a CEO da TAP fez uma intervenção inicial, em português. “Na gestão temos uma missão, percorrer um caminho para uma companhia sustentável e lucrativa até 2025. Estamos focados no trabalho que é preciso fazer”, começou por dizer. Notou que a TAP teve no ano passado teve “uma das melhores receitas da sua história” e que no “3º trimestre teve o melhor resultado trimestral de sempre”.

Christine Ourmières- Widener falou que se está a concretizar o “maior plano de transformação da história da empresa”. “É um esforço de todos que está a dar frutos”.