China avisa EUA – Reagirá a provocações na questão de Taiwan

O general do Exército chinês Li Zuocheng alertou que a “China reagirá firmemente caso seja provocada” na questão de Taiwan, durante uma conversa com o presidente do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, Mark Milley. Li salientou que, “em questões que dizem respeito aos principais interesses da China, incluindo Taiwan, não há espaço para compromissos ou concessões”, de acordo com o comunicado divulgado pelo Ministério da Defesa chinês.

“Quem nos provocar vai descobrir que a China reagirá com firmeza”, disse.

De acordo com Li, se os Estados Unidos “mantiverem a sua palavra de não apoiar a ‘independência de Taiwan’ ou não procurarem conflictos com a China, ambos os países poderão cooperar de formas mutuamente benéficas”. Li sublinhou que “os Estados Unidos devem respeitar os acordos já alcançados para não minarem a estabilidade no Estreito de Taiwan”. “Os militares chineses salvaguardarão firmemente a sua soberania nacional e integridade territorial”, disse.

De acordo com o comunicado, os dois lados concordaram que é do seu interesse “evitar gerar conflictos e confrontos” e “manter a comunicação”.

O Exército chinês realizou vários exercícios nas águas “perto da região de Taiwan” nos últimos dias, informou hoje a imprensa local.

Segundo o coronel chinês Shi Yi, citado pela agência noticiosa oficial Xinhua, “os actos provocativos norte-americanos na questão de Taiwan são em vão e só conseguirão perturbar a paz e aumentar a tensão regional”. “É por isso que as nossas tropas estão sempre em alerta e continuam a preparar-se e a treinar. Eles estão prontos a qualquer momento para salvaguardar a nossa segurança e soberania e impedir qualquer tentativa que leve à ‘independência de Taiwan'”, disse.

A China insiste em “reunificar” a República Popular com a ilha, que tem sido governada de forma autónoma desde que os nacionalistas do Kuomintang (KMT) fugiram para ali, em 1949, depois de perderem a guerra civil contra os comunistas.

Taiwan fez a transição para a democracia na década de 1990. A ilha é uma das principais fontes de tensão entre a China e os Estados Unidos, principalmente porque Washington é o principal fornecedor de armas de Taiwan.