China – Covid-19

O Presidente chinês, Xi Jinping, disse que a China deve manter a política de tolerância zero à covid-19, sinalizando a manutenção das rígidas medidas antipandemia no país, apesar dos crescentes custos económicos e sociais.

Entre as regiões afectadas nas últimas semanas por medidas de confinamento estão Xangai, a “capital” financeira do país, o centro tecnológico de Shenzhen e os importantes centros industriais de Changchun e Jilin.

Isto numa altura em que a maior parte do mundo elimina restrições, passando a coexistir com a doença. “Devemos persistir e colocar as pessoas acima de tudo, as vidas acima de tudo (…) Devemos aderir à precisão científica”, disse Xi Jinping, durante uma visita à ilha de Hainan, no extremo sul do país, segundo a imprensa estatal. “A actual pandemia global ainda é muito grave e não podemos relaxar o trabalho de prevenção e controlo. Só com persistência sairemos vencedores”, afirmou.

A China reporta o maior número de casos diários de Covid-19 desde o início deste mês. Segundo o governo chines há 339 casos activos do vírus na região continental do país

O coronavírus surgiu pela primeira vez na cidade chinesa de Wuhan, no final de 2019. O bloqueio de Wuhan limitou significativamente a propagação do vírus no país. Até aos surtos recentes, a China conseguiu practicamente extinguir a doença dentro das suas fronteiras. Desde o segundo trimestre de 2020 e até há alguns meses, enquanto várias partes do mundo enfrentavam medidas de confinamento, a vida decorria com normalidade no país asiático.

A estratégia chinesa é fonte de intenso orgulho para o Partido Comunista Chinês (PCC) e foi apontada por Xi como prova de “superioridade” do sistema político autoritário chinês, face à democracia de estilo Ocidental. Mas os novos surtos, provocados pela altamente contagiosa variante Ómicron, rapidamente se espalharam por várias províncias e cidades do país. As autoridades de Xangai anunciaram que mais de 27.000 casos foram detectados nas últimas 24 horas, um número recorde no país.