Ciberataques atingiram 120 países impulsionados por espionagem 

O relatório de Defesa Digital da Microsoft revelou na quinta-feira (5) que os ciberataques atingiram 120 países, impulsionados por espionagem instigada pelos governos, e que a inteligência artificial (IA) já é usada como arma para aperfeiçoar mensagens de ‘phishing’. De acordo com o documento, “os ciberataques atingiram 120 países, impulsionados por espionagem instigada por governos e com as operações de influência (IO) também a aumentar”. 

Com base “em mais de 65 biliões de sinais diários, o estudo cobre as tendências entre julho de 2022 e junho de 2023 das atividades de Estado-nação, cibercrime e técnicas de defesa”, refere a Microsoft. 

Desde Setembro de 2022, os ataques de ‘ransomware’ mais que duplicaram (200%). 

“A Microsoft bloqueou dezenas de milhares de milhões de ameaças de ‘malware’, 237 mil milhões de tentativas de ataque a ‘passwords’ e 619 mil ataques ‘distributed denial of service’ (DD- oS)”, adianta a tecnológica. 

Quase metade dos ataques tiveram como alvo Estados-membros da NATO e mais de 40% “foram dirigidos a organizações governamentais ou do sector privado envolvidas na construção e manutenção de infraestruturas críticas”. 

Segundo o relatório, “apesar dos ataques que estiveram em destaque no ano passado” tenham sido frequentemente associados “à destruição ou ao ganho financeiro com ‘ransomware’, os dados mostram que a motivação predominante voltou a ser a vontade de roubar informações, monitorizar secretamente as comunicações ou manipular o que as pessoas leem”. 

Os serviços secretos russos “reorientaram os seus ciberataques para atividades de espionagem de apoio à guerra contra a Ucrânia, continuando simultaneamente a efetuar ciberataques destrutivos na Ucrânia, mas a desenvolver esforços de espionagem mais vastos, enquanto “os esforços iranianos, outrora centrados em derrubar as redes dos seus alvos, tendem também hoje a amplificar mensagens manipuladoras para promover objectivos geopolíticos ou aceder a dados que circulam em redes sensíveis”. 

. O uso específico de campanhas: 

O relatório aponta ainda que “a China alargou o recurso a campanhas de espionagem para obter informações destinadas a impulsionar a sua iniciativa ‘Uma Faixa, Uma Rota’ ou a política regional, para espiar os EUA, incluindo as principais instalações para as forças armadas dos EUA, e para estabelecer o acesso às redes de entidades de infraestruturas críticas”.