Cientistas preocupados com população hesitante em receber futura vacina
A comunidade cientifica mundial está a pedir acção urgente para melhorar a confiança dos cidadãos na informação sobre a vacina contra a covid-19 e respectiva imunização, uma vez que existem minorias consideráveis que estão relutantes em serem vacinadas.
De acordo com a agência France Press, os poucos tratamentos eficazes e a falta de uma cura para o novo coronavírus que está a levar os governos e entidades numa verdadeira corrida contra o tempo para desenvolver vacinas para a pandemia.
Em paralelo, cresce a preocupação de que a “hesitação na descoberta da vacina” esteja a aumentar a desinformação e a desconfiança na aceitação da mesma entre as pessoas.
Um novo estudo, publicado esta terça-feira na revista Nature Medicine, indica que investigadores de Espanha, Estados Unidos e Reino Unido, que entrevistaram cerca de 13,400 pessoas em 19 países fortemente atingidos pela covid-19, indicam que 72% dos inquiridos aceitam ser vacinados, 14% recusariam e outros 14% hesitariam em tomar a vacina.
Segundo a mesma fonte, este número quando extrapolado para populações inteiras pode chegar às dezenas de milhões de indivíduos que podem evitar a vacinação.” Essas descobertas devem ser um apelo à acção para a comunidade internacional de saúde”, disse a co-autora Heidi Larson, que dirige o Projecto de Confiança de Vacina na Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres. “Se não começarmos a desenvolver uma cultura sobre as vacinas e a restaurar a confiança do público na ciência não poderemos esperar conter essa pandemia”.
Os investigadores descobriram que as pessoas que tinham menos fé nos seus governos são as menos propensas a aceitar uma vacina. Enquanto na China 87% dos entrevistados disseram que tomariam “uma vacina comprovada, segura e eficaz”, na maior parte de todos os países pesquisados a proporção caiu para 75% nos Estados Unidos e 55% na Rússia, por exemplo.