COMEÇOU POR SER FARMACÊUTICA; A PAIXÃO PELOS CUIDADOS DE SAÚDE LEVOU-A À MEDICINA

Por HENRIQUE MANO | Jornal LUSO-AMERICANO

Enquanto estudava, Mónica Silva Oliveira foi técnica de farmácia. A experiência acabaria por ditar a sua entrada no mundo da medicina, “por me ter apercebido de que gostava realmente de cuidados de saúde”, explica a jovem profissional, filha de pais portugueses, em entrevista ao jornal LUSO-AMERICANO. “Passei a inclinar-me mais para o estudo dos medicamento e seus efeitos e a querer saber como funcionam os mecanismos que compõem o nosso corpo”.

Embora indecisa em relação ao caminho a seguir no complexo universo médico, a priori, Mónica da Silva Oliveira descobriria que, como médica auxiliar, depressa chegaria àquilo que realmente a fascina – “os cuidados de saúde”.

Mónica nasceu em Mineola, NY, filha de Vitória Silva Oliveira e de José Carmelindo Oliveira, naturais de Póvoa do Paço-Aveiro e Soutelo-Vila Verde, respectivamente. Tendo crescido em Carle Place, fez o secundário na Our Lady of Mercy Academy e os estudos superiores na área das ciências (Biologia e Química) no Manhattan College, onde esteve 4 anos; prossegue formação tendo em vista o mestrado para médica auxiliar, a que acrescenta um bacharelado em Ciências da Saúde, no Touro College, em Manhattan, onde está outros três anos.

❝FALAR PORTUGUÊS NUM HOSPITAL LOCALIZADO NUMA COMUNIDADE COMO MINEOLA É CERTAMENTE UMA MAIS-VALIA❞

➔Mónica Silva Oliveira,

médica auxiliar

NYU Langone Hospital Long Island

Mónica diz estar preparada para, como trabalhadora essencial, tomar a vacina contra a COVID-19. “Durante alguns meses, no pico da epidemia, não pudemos fazer cirurgias”, conta. “Fomos todos enquadrados na luta contra a COVID, em unidades que lidavam com pacientes infectados. Vi o que o vírus pode causar, tanto em gente idosa como em jovens. Os cientistas trabalharam arduamente para tornar estas vacinas uma realidade e eu acredito na ciência”.

❝OS CIENTISTAS TRABALHARAM ARDUAMENTE PARA TORNAR ESTAS VACINAS UMA REALIDADE E EU ACREDITO NA CIÊNCIA”

➔Mónica Silva Oliveira, médica auxiliar

NYU Langone Hospital Long Island

Mónica Oliveira reconhece que possuir o domínio da língua de Camões “num hospital localizado numa comunidade portuguesa é certamente uma mais-valia”, afirma. “Também me abriu as portas para aprender a falar o espanhol com mais facilidade, outra língua que utilizo com frequência no trabalho quando vejo pacientes”.

Nas (poucas) horas vagas, a médica assistente dedica-se ao negócio que montou com três primos no coração de Mineola – o café ‘Costa Nova’, onde a aposta é na bolacha americana e na tripa da zona de Aveiro.