CONNECTICUT: Consulado-Geral em Nova Iorque disponibiliza serviços diários de Cartão de Cidadão

Por HENRIQUE MANO, em Hartford, CT

O Consulado-Geral de Portugal em Nova Iorque levou a efeito na semana passada uma acção junto das comunidades lusas do estado de Connecticut – sobre as quais tem jurisdição. A iniciativa levou a cônsul-geral Luísa Pais Lowe, a adida para a Segurança Social nos EUA, Ana Relvas, entre outros, às cinco cidades com a maior concentração associativa: Danbury, Bridgeport, Waterbury, Naugatuck e Hartford.

Foto: JORNAL LUSO-AMERICANO | A sessão de esclarecimento em Hartford, CT encerrou o périplo

“O intuito foi apresentar um conjunto de melhorias dos serviços consulares e de apoio às comunidades” nesta região do país, afirma a diplomata, em declarações prestadas ao jornal LUSO-AMERICANO em Hartford. Nomeadamente a capacitação de que agora dispõe o Consulado Honorário de Naugatuck de emissão do cartão de cidadão (C.C.), graças à chegada ali de um quiosque digital de capatação de dados encriptados e à colocação de uma funcionária credenciada para o operar.

Foto: JORNAL LUSO-AMERICANO | A sessão de esclarecimento em Hartford com a cônsul-geral Luísa Pais Lowe e o cônsul honorário Abílio Gouveia

Naquelas instalações, que possuem “competências alargadas”, eram já possíveis actos consulares como passaportes, registo civil e notariado.

“No entanto, não é permitido por lei, em Portugal, a estes consulados, fazerem o cartão de cidadão – que é o principal documento de identificação de um português. Então, o que pensámos?”, explica a cônsul-geral. “Uma das pessoas que contratámos para o Consulado-Geral em Nova Iorque [Maria Helena Montes], destacámos para Naugatuck – por estar previsto no regulamento consular de 2021”.

Foto: JORNAL LUSO-AMERICANO | A adida para a Segurança Social Ana Relvas a tirar dúvidas

Apesar de fazer deslocar uma visita consular a Naugatuck duas vezes por semana, a lista de espera era superior a 300 pessoas – “não conseguíamos dar vazão porque a procura era maior que a oferta. Montamos este sistema de apoio com uma funcionaria que está la todos os dias uteis a atender por marcação”.

De acordo com Luísa Pais Lowe, o número desceu já para 150 – isto numa área consular com 23 mil portugueses inscritos no Consulado Honorário (Nova Iorque agrega outros 60 mil).

Foto: JORNAL LUSO-AMERICANO | Gracinda Lavado, do Conselho Consultivo, cônsul honorário Abílio Gouveia, cônsul-geral Luísa Pais Lowe e adida para a Segurança Social Ana Relvas

“E sendo Connecticut uma comunidade mais envelhecida, com menos literacia digital e acesso aos serviços online, esta é mesmo uma mudança estrutural muito importante para a vida dos portugueses no estado”, observa. “Ao delegarmos competências no estado de Connecticut, também ficamos com mais disponibilidade para atender melhor a nossa comunidade em Nova Iorque”.

O cônsul honorário Abílio Gouveia junta a sua voz a este bem-estar geral em relação a esta melhoria: “Estou satisfeito por poder fornecer este serviço à nossa comunidade, que bem o merece. Foi um processo moroso, que abarcou quatro cônsules e, agora, felizmente, com a participação da cônsul-geral Luísa Pais Lowe e da chanceler Teresa Costa, foi possível fazermos isto”.

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