COPA AMÉRICA: Seleção brasileira declara-se contra a organização

A selecção de futebol do Brasil declarou-se “contra a organização da Copa América” num manifesto conjunto partilhado nas redes sociais por vários jogadores, incluindo o capitão e maior estrela brasileira, Neymar.

A Copa América está marcada para começar no Brasil no domingo.

“Somos contra a organização da Copa América, mas nunca diremos não à selecção brasileira”, lê-se no comunicado, endereçado “aos mais de 200 milhões de torcedores” brasileiros.

“Somos um grupo coeso, porém com ideias distintas. Por diversas razões, sejam elas humanitárias ou de cunho profissional, estamos insatisfeitos com a condução da Copa América pela Conmebol, fosse ela sediada tardiamente no Chile ou mesmo no Brasil”, explicam os atletas da ‘canarinha’.

“Todos os factos recentes nos levam a acreditar num processo inadequado”, frisaram os jogadores.

Ainda assim, os jogadores lembram que são trabalhadores e profissionais de futebol e que têm “uma missão a cumprir com a histórica camisa verde-amarela pentacampeã do mundo”.

“Somos contra a organização da Copa América, mas nunca diremos não à selecção brasileira”, concluíram.

A próxima edição da Copa América seria organizada de forma conjunta pela Argentina e pela Colômbia, mas os dois países, por diversas razões, desistiram de organizar o torneio, pelo que a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) confiou então a missão ao Brasil, embora seja um dos países mais afectados pela pandemia em todo o mundo.

Entretanto, um golo e uma assistência de Neymar permitiram terça-feira ao Brasil vencer por 2-0 no Paraguai e continuar 100% vitorioso na zona sul-americana de apuramento para o Mundial de futebol de 2022.

O ‘10’ dos ‘canarinhos’ marcou aos quatro minutos, após centro da direita de Gabriel Jesus, e assistiu Lucas Paquetá aos 90+3, para a sexta vitória em seis jogos, e o pleno de 18 pontos do ‘onze’ de Tite, que fica, desde já, muito ‘perto’ do Qatar.

Neymar passou a contar 66 golos na selecção brasileira, em 105 jogos, colocando-se a apenas 11 do ‘rei’ Pelé, que disputou 92 encontros, enquanto o Brasil repetiu os seis triunfos a abrir a qualificação conseguidos em 1970, ano do ‘tri’.