Costa assina “Declaração de Santiago” de compromisso com a democracia no mundo  

O primeiro-ministro, António Costa, assinou a “Declaração de Santiago”, documento promovido pelo Presidente chileno, Gabriel Boric, e que pretende ser um compromisso político internacional em defesa dos direitos humanos e dos regimes democráticos no mundo. Este documento foi assinado pelo líder do executivo português durante as cerimónias dos 50 anos do golpe de Estado do Chile, que decorreram na Praça da Constituição, junto ao Palácio de La Moneda, sede do Governo chileno. 

Além de Portugal, a “Declaração de Santiago” foi assinada pela Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, México e Uruguai, mas o Presidente chileno assegurou que será em breve assinado por “muito mais chefes de Estado ou de Governo”. 

No documento “Compromisso: Pela Democracia, sempre”, os países comprometem-se a “fortalecer os espaços de colaboração entre Estados através de um multi-lateralismo maduro e respeitoso das diferenças, que estabeleça e persiga os objetivos comuns necessários para o desenvolvimento sustentável das nossas sociedades”. 

As cerimónias dos 50 anos do golpe no Chile juntaram na Praça da Constituição, na capital chilena, António Costa, os presidentes do México, Andrés Manuel López Obrador, da Colômbia, Gustavo Petro, da Argentina, Alberto Fernández, do Uruguai, Luis Lacalle Pou, da Bolívia, Luis Arce, e o anfitrião, Gabriel Boric. 

. Discurso: 

Logo após o minuto de silêncio, discursou a senadora socialista Isabel Allende, filha do histórico Presidente Salvador Allende, que se suicidou antes de as tropas de Pinochet terem entrado no Palácio de La Moneda. 

Isabel Allende comoveu-se em várias passagens do seu discurso, sobretudo quando recordou o seu último encontro com o pai, na manhã do golpe de estado.