COVID-19: New Jersey com mais 200 mortos e 4.229 infectados que ontem

(Notícia actualizada às 2:20 pm de 4.4.20)

O número de mortos por coronavírus (covid-19) em New Jersey voltou a subir hoje, sábado, para 846, e o número de infectados para 34.124 – mais 200 mortos e mais 4.229 que nas 24 horas anteriores.

O número de mortos por covid-19 ultrapassou, assim, o número de residentes de New Jersey mortos nos atentados de 11 de Setembro de 2001.

New Jersey continua, assim, a ser o segundo estado mais afectado do país (o primeiro é New York). Por sua vez, o estado de New York registou hoje, sábado, um total de 3.565, mais 630 que no dia anterior.

Nova Iorque aconselha a tapar e boca e o nariz

Entretanto, presidente da Câmara de Nova Iorque, Bill de Blasio, aconselhou na quinta-feira os mais de oito milhões de habitantes a taparem a boca e o nariz com material feito de pano ou papel quando andarem na rua.

“A razão para esta recomendação é porque estudos estão a revelar que algumas pessoas assintomáticas e pré-sintomáticas estarão a transmitir a doença [da covid-19]. Não temos evidências perfeitas (…), mas parece cada vez mais evidente”, adiantou, por seu lado, o governador de Nova Iorque, Andrew Cuomo.

A nova medida complementa as medidas antes recomendadas de manter uma distância social de dois metros, lavar as mãos com sabão por 20 segundos, tossir ou espirrar no canto interno do cotovelo e sair apenas por razões estritamente necessárias.

Bill de Blasio disse ainda que os 431 centros espalhados por toda a cidade que ofereciam comida a crianças ou ajuda alimentar nas escolas – antes de terem encerrado – irão começar a entregar comida a todos os adultos que o peçam.

O presidente da Câmara de Nova Iorque, Bill de Blasio, aconselhou quinta-feira os mais de oito milhões de habitantes a taparem a boca e o nariz com material feito de pano ou papel quando andarem na rua.

“A razão para esta recomendação é porque estudos estão a revelar que algumas pessoas assintomáticas e pré-sintomáticas estarão a transmitir a doença [da covid-19]. Não temos evidências perfeitas (…), mas parece cada vez mais evidente”, adiantou, por seu lado, o governador de Nova Iorque, Andrew Cuomo.

A nova medida complementa as medidas antes recomendadas de manter uma distância social de dois metros, lavar as mãos com sabão por 20 segundos, tossir ou espirrar no canto interno do cotovelo e sair apenas por razões estritamente necessárias.

Bill de Blasio disse ainda que os 431 centros espalhados por toda a cidade que ofereciam comida a crianças ou ajuda alimentar nas escolas – antes de terem encerrado – irão começar a entregar comida a todos os adultos que o peçam.

Trump anuncia segundo teste negativo

O presidente Donald Trump anunciou quinta-feira que foi submetido a um segundo teste para saber se estava infectado  e que também este se revelou negativo.

Donald Trump já tinha feito um primeiro teste, há duas semanas, depois de se ter recusado a fazê-lo durante alguns dias, apesar de ter estado em contacto, na sua residência em Mar-a-Lago, na Flórida, com uma delegação brasileira em que seguiam duas pessoas entretanto testadas positivamente para o novo coronavírus.

Esse primeiro teste também deu negativo.

Portugal com mais 20 mortos do que ontem

Acção de patrulhamento da PSP no âmbito das medidas para combater a situação epidemiológica da Covid-19, em Lisboa

Portugal registou hoje, sábado, 266 mortes associadas ao covid-19, mais 20 do que na sexta-feira, e 10.524 infetados (mais 638), segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24:00 de sexta-feira, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes (141), seguida da região Centro (66), da região de Lisboa e Vale do Tejo (54) e do Algarve (5).

Quanto à região do Alentejo, o relatório da DGS de sexta-feira apresentava um óbito, mas o de hoje tem zero registos, sendo explicado no documento que a morte registada pela Administração Regional de Saúde do Alentejo “veio a confirmar-se covid-19 negativo”.

Relativamente a sexta-feira, em que se registavam 246 mortes, hoje observou-se um aumento de 8,1% (mais 20).

De acordo com os dados da DGS, há 10.524 casos confirmados, mais 638, um aumento de 6,5% face a sexta-feira.

Das 266 mortes registadas, 170 tinham mais de 80 anos, 60 tinham idades entre os 70 e os 79 anos, 24 entre os 60 e os 69 anos, oito entre os 50 e os 59 anos e quatro óbitos entre os 40 aos 49 anos.

Das 10.524 pessoas infetadas pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), a grande maioria (9.198) está a recuperar em casa, 1.075 (mais 17, +1,6%) estão internadas, 251 (mais seis, +2,4%) dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos.

Os dados da DGS, que se referem a 79% dos casos confirmados, precisam que Lisboa é o concelho que regista o maior número de casos de infeção pelo coronavírus SARSCov2 (654), seguida do Porto (643 casos), Vila Nova de Gaia (468), Gondomar (447), Maia (404), Matosinhos (386), Braga (333), Valongo (320), Sintra (254) e Ovar (222).

Desde o dia 1 de janeiro, registaram-se 81.087 casos suspeitos, dos quais 5.518 aguardam resultado das análises.

O boletim epidemiológico indica também que há 65.045 casos em que o resultado dos testes foi negativo e sobe, em relação a sexta-feira, o número de doentes recuperados com mais sete, passando de 68 para 75.

A região Norte continua a registar o maior número de infeções, totalizando 6.280, seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo, com 2.513 casos, da região Centro (1.372), do Algarve (182) e do Alentejo, que hoje apresenta 63 casos.

Há ainda 63 pessoas infetadas com o vírus covid-19 nos Açores e 51 na Madeira.

A DGS regista ainda 22.858 contactos em vigilância pelas autoridades (mais 302 do que na sexta-feira).

A faixa etária mais afetada é a dos 40 aos 49 anos (1.928), seguida dos 50 aos 59 anos (1.908), dos 30 aos 39 anos (1.567) e dos 60 aos 69 anos (1.396).

Há ainda 150 casos de crianças com idades até aos nove anos, 252 de jovens com idades entre os 10 e os 19 anos e nas idades entre os 20 e os 29 anos há 1.083 casos.

Os dados indicam também que há 999 casos de pessoas com idades entre os 70 e os 79 anos e 1.242 com mais de 80 anos.

Segundo o relatório da DGS, 156 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 112 de França, 62 do Reino Unido, 40 dos Emirados Árabes Unidos, 41 da Suíça, 29 de Itália, 23 de Andorra, 19 dos EUA, 18 do Brasil, 16 dos Países Baixos, 14 da Austrália, 11 da Argentina, nove da Bélgica, nove da Alemanha, seis da Áustria, cinco do Canadá e um de Cabo Verde.

O boletim dá ainda conta de três casos importados da Índia, três de Israel, dois casos do Egito, dois da Irlanda, dois do Luxemburgo, dois da Jamaica e outros dois da Tailândia.

Foram ainda importados um caso do Chile, Cuba, Dinamarca, Indonésia, Irão, Malta, Maldivas, Noruega, Paquistão, Polónia, Qatar, República Checa, Suécia, Ucrânia e Venezuela. Segundo a DGS, 60% dos doentes positivos ao novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 47% febre, 32% dores musculares, 28% cefaleias, 25% fraqueza generalizada e 18% dificuldade respiratória. Esta informação refere-se a 78% dos casos.

Itália registou redução inédita

A Itália registou hoje, sábado, pela primeira vez uma redução do número de doentes nos cuidados intensivos, num dia em que se registaram mais 681 mortos por covid-19.

De acordo com a proteção civil italiana, com os 681 registados nas últimas 24 horas, perfazendo um total de 15.362 vítimas mortais na sequência do novo coronavírus, responsável pela pandemia de covid-19.

Desde finais de fevereiro, altura em que a epidemia se começou a propagar em Itália, fazendo do país o líder da tabela de vítimas mortais, a curva tem-se mantido ascendente.

Por isso, a proteção civil destacou hoje a redução inédita do número de doentes internados nos cuidados intensivos dos hospitais italianos: são hoje 3.994, menos 74 do que na sexta-feira (4.068).

“É uma notícia importante, porque permite aos nossos hospitais respirarem. É a primeira vez que esse número baixa desde que asseguramos a gestão desta emergência”, clarificou Angelo Borrelli, chefe da proteção civil italiana.

O número total de doentes, mortos e curados, em Itália é agora de 124.632, tendo-se registado um aumento de 4.805 novos casos nas últimas 24 horas.

Mais de 59 mil mortos em todo o mundo

A pandemia provocada pelo novo coronavírus fez pelo menos 59.456 mortos em todo o mundo desde o surgimento do primeiro caso, em dezembro, na China, segundo um balanço feito pela agência AFP a partir de números oficiais.

O balanço refere-se aos dados disponíveis até às 11:00 TMG de hoje, sábado, 7:00 da manhã na Costa Leste dos EUA.

Os casos de infeção pelo vírus ascendiam a 1,2 milhões (1.122.320) em 190 países e territórios.

A agência frisa que este número não reflete a totalidade de infeções, na medida em que muitos países apenas testam as pessoas que necessitam de hospitalização.

Até hoje, 211.600 pessoas foram consideradas curadas da doença (covid-19).

Itália, o país que regista o maior número de mortos, 14.681, notificou 119.827 casos, entre os quais quase 20 mil pessoas (19.758) curadas.

Depois de Itália, os países mais afetados são Espanha, com 11.744 mortos em 124.736 casos, os Estados Unidos, com 7.159 mortos em 278.458 casos, França, com 6.507 mortos em 83.165 casos e o Reino Unido, com 3.605 mortos em 38.168 casos.

A China continental registou desde dezembro 81.638 casos, com um aumento de 19 casos de infeção de sexta-feira para hoje, 3.326 dos quais mortais (quatro nas últimas 24 horas) e 76.755 pessoas curadas.

Em número de casos, os Estados Unidos são o país mais atingido (278.458), dos quais 7.159 mortais e 9.772 curados.

Por regiões do mundo, a Europa liderava às 12:00 de hoje com 43.146 mortos em 603.778 casos, seguida dos Estados Unidos e Canadá (7.325 mortos em 290.219 casos), Ásia (4.123 mortos em 115.730 casos), Médio Oriente (3.612 mortos em 70.731 casos), América Latina e Caraíbas (885 mortes em 2.713 casos), África (332 mortos em 7.744 casos) e Oceânia (33 mortes em 6.407 casos). Portugal regista até hoje, segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje pela Direção-Geral da Saúde (DGS), 266 mortes associadas à covid-19 e 10.524 infetados (mais 638).

Vacina contra a tuberculose pode dar alguma proteção

A vacina contra a tuberculose, administrada em Portugal apenas a crianças com risco acrescido de ter esta infeção, pode dar alguma proteção contra o coronavírus que causa a doença respiratória covid-19, admitiram especialistas à Lusa.

“Pode conferir uma certa proteção, alguma proteção, não uma proteção total”, defendeu a imunologista Helena Soares, do Centro de Estudos de Doenças Crónicas (Cedoc) da Universidade Nova de Lisboa, assinalando que só uma vacina, que ainda não existe, poderá dar essa proteção total contra o SARS-CoV-2, muito embora não se saiba por quanto tempo.

Contudo, o que a vacina contra a tuberculose, vulgarmente conhecida como BCG, pode fazer é, segundo Helena Soares, “tornar a infeção” pelo novo coronavírus “menos severa”, ao “ativar o sistema imunitário inato”, aquele que responde de forma imediata a uma infeção causada por um vírus, uma bactéria ou um parasita sem saber de que vírus, bactéria ou parasita se trata, uma vez que é novo.

Ou seja, a vacina BCG tem um duplo efeito no sistema imunitário: além de induzir a produção de anticorpos contra a bactéria da tuberculose, a ‘Mycobacterium tuberculosis’ ou bacilo de Koch, gerando uma resposta imunitária mais rápida e específica contra a infeção, combatendo-a, também ajuda o sistema imunitário, numa resposta inicial, a agir contra um invasor, que reconhece, genericamente, como sendo uma bactéria ou um vírus, mas que desconhece qual é, porque, sendo novo, não tem memória dele.

No fundo, explicou Helena Soares, a BCG, apesar de ter sido concebida especificamente para prevenir uma infeção bacteriana como a tuberculose, confere “uma proteção viral geral, embora limitada”.

A imunologista realça, a este propósito, citado estudos científicos, que a vacina BCG tem, por exemplo, um efeito protetor contra o vírus da febre-amarela. Apoiando-se nas amplas potencialidades da BCG, cientistas na Holanda, Grécia, Alemanha, Reino Unido, França e Austrália vão testar a vacina em médicos, enfermeiros e idosos para verificar até que ponto pode prevenir ou mitigar os efeitos da infeção provocada pelo coronavírus da covid-19.

Vacina conseguiu neutralizar a Covid-19 em ratos

Cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade de Pittsburgh, Pensilvânia, afirmam que a vacina contra a SARS-CoV-2, administrada através de um adesivo do tamanho da ponta de um dedo, gera anticorpos considerados suficientes para neutralizar o vírus.

A vacina demonstrou em ratos uma resposta positiva capaz de neutralizar o novo coronavírus.

Os dados foram publicados esta quinta-feira, pela EbioMedicine e permitem um grande avanço no controlo desta doença.

Os cientistas afirmam que a vacina gerou anticorpos considerados suficientes para neutralizar o vírus.

Identificado fármaco que bloqueia efeitos da doença

Entretanto, investigadores do Instituto de Bioengenharia da Catalunha, em Espanha, do Instituto Karolinska, na Suécia, do Instituto de Biotecnologia Molecular da Academia de Ciências da Áustria e do Instituto de Ciências da Vida da Universidade de British Columbia, no Canadá, identificaram o fármaco, que está em fase clínica de testes, utilizando rins minúsculos gerados a partir de células estaminais humanas, num laboratório de Barcelona, com recurso a técnicas de bioengenharia.

Os investigadores conseguiram decifrar como o SARS-CoV-2 interage e infecta as células humanas do rim e, a partir daí, começaram a testar o potencial do fármaco, segundo um artigo publicado na revista científica ‘Cell’.

Estudos recentes demonstraram que, para infectar uma célula, os coronavírus utilizam uma proteína, denominada S, que se une a um recetor das células humanas denominado ACE2.

Ora, tendo em conta que essa união é a porta de entrada do vírus no organismo, evitá-la pode ser uma possível terapêutica.

“Estas descobertas são prometedoras para um tratamento capaz de deter a infeção num estádio inicial deste novo coronavírus”, comentou Núria Montserrat, investigadora espanhola.

© Luso-Americano/Agência Lusa/AFP/EFE