Crise de Energia – Bombeiros do Algarve podem parar transportes não urgentes
A Federação dos Bombeiros do Algarve está preocupada com o impacto da subida do preço dos combustíveis no serviço de transporte de doentes não urgentes, advertindo que pode racionar ou deixar de realizá-los se a situação não melhorar.
A posição da federação, que junta as associações humanitárias e corporações de bombeiros do Algarve, foi anunciada após uma reunião realizada na semana passada para analisar o impacto do preço dos combustíveis e na qual todas as associadas manifestaram “grande preocupação” quanto ao futuro próximo para garantir que são prestadas as suas “principais actividades”.
“Caso a situação não se altere, começa mesmo a perspetivar-se a necessidade de racionar serviços, o que implica que o transporte de algumas pessoas para consultas ou tratamentos, os chamados transportes não urgentes, poderão deixar de ser realizados”, advertiu a Federação dos Bombeiros do Algarve.
“As repercussões que esta situação pode ter no dia a dia dos bombeiros é muito gravosa e por isso merece uma atenção discriminatória positivamente por parte do Governo”, considerou a Federação dos Bombeiros do distrito de Faro, que integra os 16 concelhos do Algarve.
A organização apelou ao novo Governo liderado por António Costa, apoiado por uma maioria absoluta do PS, para que “olhe para a situação periclitante que muitas associações estão a passar”, algumas “com graves dificuldades de funcionamento”.
As associações e corporações de bombeiros algarvias também criticaram a falta de “qualquer tipo de diferenciação positiva por parte do Governo” durante os últimos dois anos, nos quais “o país foi assolado pela pandemia da covid-19”.