DAKAR 2025: Dupla portuguesa quer lugar no ‘top 10’
A equipa constituída pelo piloto João Ferreira e pelo navegador Filipe Palmeiro, tripulando um Mini JCW T1+, faz regressar as cores portuguesas à categoria rainha do Dakar e ambiciona terminar a 47.ª edição do famoso Rali de todo-o-terreno entre os 10 primeiros classificados.
Campeão nacional e europeu de todo-o-terreno, venceu também a Taça do Mundo FIA (Federação Internacional do Automóvel) de Bajas e, em 2025, vai participar pela terceira vez no Rali Dakar, a primeira na categoria principal dos automóveis, a Ultimate, depois de dois anos com veículos ligeiros.
“O objectivo é acabarmos etapas todos os dias. Cumprirmos com a estratégia, que é chegar ao fim com o mínimo de erros possível e depois ver o lugar em que ficámos. Mas gostaria de um top-10”, sublinhou o piloto natural de Leiria, de 25 anos, em declarações à agência Lusa.
Nos dois primeiros anos em que participou na mais mediática prova de todo-o-terreno do mundo, João Ferreira alinhou aos comandos de um veículo ligeiro (SSV).
Ao lado de João Ferreira segue o navegador Filipe Palmeiro, que já conta 18 participações no seu currículo, desde que se estreou como navegador, em 2005. O seu melhor resultado foi um oitavo lugar em 2019, com o chileno Boris Garafulic.
Mas a experiência ajuda à ambição de João Ferreira, que diz estar “na melhor forma de sempre”.
Apesar da mudança de veículo para um com maior desempenho, o piloto leiriense acredita que a participação deste ano será “mais difícil”.
Maria Gameiro sucede a Elisabete Jacinto
Entretanto, a participação de Maria Luís Gameiro (X-Raid Fenic) na 47.ª edição do Rali Dakar marca o regresso das mulheres portuguesas à mais mediática prova de todo-o-terreno do mundo 15 anos após Elisabete Jacinto ter competido pela última vez.
Maria Luís Gameiro, nascida há 46 anos em Vila de Rei (Castelo Branco), compete desde 2022 no Campeonato de Portugal de todo-o-terreno, alinhando, também, no campeonato espanhol desde 2023, com triunfos na Taça das Senhoras nos dois lados da fronteira. Década e meia depois, Maria Luís Albuquerque diz ser “um grande desafio e uma grande responsabilidade” suceder à professora de Geografia.
A ligação de Maria Luís Albuquerque aos automóveis partiu de uma paixão revelada desde cedo: “O mau pai detestava conduzir e, quando tirei a carta de condução, aos 18 anos, entregou-me logo a tarefa de conduzir o carro da família”.