DESCOBERTA: Grande progresso na cura de tumores cerebrais

O professor Leif Eriksson, conjuntamente com uma equipa de Investigadores da Universidade de Gotemburgo, Suécia, em colaboração com colegas franceses, desenvolveu com sucesso um método capaz de matar o agressivo tumor cerebral glioblastoma. 

Ao bloquear certas funções na célula com uma molécula acoplada, os investigadores fazem com que o cancro morra de ‘stress’.

As células cancerígenas, especialmente aquelas que formam tumores agressivos, estão normalmente fora de controle e vivem uma existência plena de ‘stress’. 

Para o gerir, as células cancerígenas sequestram os mecanismos que as células saudáveis usam para regular a produção de proteínas e processar o excesso de proteínas que elas criam. 

Sem esses mecanismos sequestrados, as células cancerosas morreriam. 

Cientistas conseguiram interromper esse sequestro, inserindo nas células uma molécula especialmente desenvolvida, que inibe um desses mecanismos adaptativos sequestrados nas células cancerígenas. 

Segundo o professor Leif Eriksson, este procedimento faz com que o cancro se autodestrua.

O grupo da Universidade de Gotemburgo trabalhou com um grupo de investigadores no INSERM, em Rennes, França utilizando supercomputadores e simulações avançadas para desenvolver uma versão de uma molécula que também pode atravessar a barreira hematoencefálica que protege o tecido cerebral.

A descoberta aplica-se a tumores cerebrais de glioblastoma, que constituem ca. de 45% de todos os tumores cerebrais. 

Cerca de 400 suecos são diagnosticados com glioblastomas todos os anos e na União Europeia existem 19.000 casos anualmente.

Actualmente o prognóstico para glioblastomas malignos é muito mau e apenas alguns doentes sobrevivem cinco anos após o diagnóstico e tratamento. 

Hoje em dia o tratamento do cancro consiste em cirurgia, radioterapia e quimioterapia. 

Infelizmente nem todas as células cancerígenas são mortas e o tumor reaparece. 

Uma vez que o cancro recidivou, frequentemente as células tumorais espalharam-se e desenvolveram resistência.