DESCOBERTA: O que pode retardar o declínio cognitivo?
Todas as pessoas sofrem um certo declínio nas suas capacidades de pensamento e de memória à medida que envelhecem, mas os cientistas ainda não sabem exactamente porquê.
As síndromes relacionadas com a idade, como a demência, aceleram o ritmo do declínio cognitivo, ao passo que alguns factores relacionados com o estilo de vida podem abrandá-lo.
Um estudo recente, realizado em modelos de ratinhos, poderá ter agora desvendado o mecanismo central subjacente ao declínio cognitivo associado ao envelhecimento normal.
Outro estudo recente, também em ratos, sugeriu que a interacção social, o treino cognitivo e o exercício físico podem retardar o declínio cognitivo à medida que envelhecemos.
A Cognição – o processo mental de pensar, aprender, recordar, ter consciência do que nos rodeia e usar o discernimento – muda à medida que envelhecemos.
À medida que as células nervosas e as sinapses do cérebro se alteram ao longo do tempo, a nossa capacidade de processar rapidamente informações e tomar decisões diminui.
A maioria das pessoas nota um declínio gradual que começa por volta dos 50 anos de idade.
No entanto, esta ligeira queda na velocidade de processamento e na memória de trabalho é geralmente acompanhada por melhorias no conhecimento acumulado até à velhice.
Mas o que é que provoca estas alterações?
Um novo estudo, realizado em ratos, sugere que alterações numa proteína cerebral podem prejudicar a plasticidade sináptica – a capacidade de as células nervosas modificarem a força das suas ligações – levando ao declínio da memória.
Outro estudo sugere que podemos ajudar a retardar o declínio cognitivo relacionado com a idade.
Neste estudo, publicado na revista ‘Aging’, os cientistas sugerem que a interacção social, o treino cognitivo e o exercício físico activam uma enzima que melhora o funcionamento das células nervosas e das sinapses, resultando num melhor desempenho cognitivo.