Dezenas de jurados rejeitados no primeiro dia de julgamento de Donald Trump

Sessenta dos 96 potenciais jurados declararam que não podiam ser imparciais, no início do julgamento de Trump em Nova Iorque, por 34 alegadas falsificações de documentos da sua empresa (Trump Organization) para encobrir um caso com uma atriz pornográfica (Stormy Daniels), durante a reta final das eleições presidenciais de 2016.

As renúncias no primeiro dia deste julgamento (segunda-feira) foram uma indicação do quão difícil é encontra-se um grupo de 12 jurados imparciais para um caso tão singular e com tanta visibilidade.

A selecção de jurados continuou na terça-feira e pode demorar até duas semanas, até ser finalizada.

Todos os jurados permanecerão anónimos devido à natureza mediática do caso, embora a equipa jurídica de Trump e os procuradores conheçam as suas identidades.

Donald Trump considerou que este julgamento contra si é um “ataque contra a América” e uma “perseguição política”, organizada pelo Governo do presidente democrata Joe Biden, que será seu adversário nas eleições presidenciais.

Pouco mais de três anos depois de deixar a Casa Branca, o ex-presidente enfrenta a possibilidade de ter de cumprir uma pena de prisão, o que, se acontecer, não o impedirá de ser candidato.

Dos quatro casos judiciais em que está envolvido, este que decorre em Nova Iorque é o único que deverá ir a julgamento antes das eleições, de acordo com analistas.

O julgamento realiza-se debaixo de elevada segurança já que são esperadas manifestações pró e anti-Trump, assim como a presença de jornalistas de todo o mundo, apesar de as audiências não serem televisionadas.

Um dos desafios do julgamento será determinar o que Donald Trump sabia sobre estes pagamentos quando ocorreram.