Dinamarca quer fundos de coesão reformados e avanços no alargamento da União Europeia

A Dinamarca quer, na presidência rotativa do Conselho da União Europeia no segundo semestre deste ano, discussões para reformar os fundos de coesão no âmbito do novo orçamento e avanços no processo de alargamento à Ucrânia e Moldova.

“Não somos contra os fundos de coesão. […] A coesão é uma parte importante da estabilidade social, da coesão social na Europa, mas o orçamento e também os fundos de coesão, que ascendem a um terço do orçamento, precisam de ser reformados, simplificados, mais eficazes e responder melhor aos desafios estratégicos com que nos confrontamos”, como defesa ou transição ‘verde’, disse a ministra dos Assuntos Europeus da Dinamarca, Marie Bjerre.

Para meados deste mês é esperada a proposta da Comissão Europeia e, logo dias depois, Marie Bjerre espera uma primeira discussão entre os países da UE.

Segundo a responsável, a Dinamarca terá “uma abordagem muito ambiciosa em relação ao orçamento” e já não faz parte dos países frugais da UE.

Após a apresentação da proposta do executivo comunitário – uma primeira parte surge dentro de duas semanas e a outra no início de Setembro – cabe aos colegisladores da UE (Conselho e Parlamento) negociar o próximo orçamento para 2028-2035, esperando-se que o processo de negociação fique concluído em 2026.

O actual orçamento da UE a longo prazo termina em 31 de Dezembro de 2027, após ter arrancado em 2021, e dispõe de 1,21 biliões de euros em autorizações (a preços de 2018), que é o montante total que a União pode comprometer-se a gastar durante esse período.