DIRECÇÃO-GERAL DA SAÚDE: Reportados 23 casos de hepatite A em Portugal

A Director-geral da Saúde (DGS) reportou esta semana um surto de hepatite A, tendo identificado 23 casos, entre 1 de Janeiro até 5 de Março.

A maioria dos casos são homens com idades entre os 20 e os 49 anos, 44% em contexto de transmissão sexual, sem casos graves ou mortais reportados, informa a DGS na sua página da Internet.

“O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) identificou, entre os confirmados, seis casos das estirpes do vírus da hepatite A anteriormente identificada no surto que ocorreu entre 2016-2018, afectando vários países europeus, incluindo Portugal”, salientou a DGS na mesma nota.

A DGS adiantou que, até ao momento, “não parece haver associação com o eventual consumo de alimentos específicos”.

“Até à data, e de acordo com a informação disponível dos casos notificados, não parece haver associação com o eventual consumo de alimentos específicos, nomeadamente morangos, tendo em conta o alerta de segurança alimentar da Europa sobre a detecção e pré-venda, em Espanha, de lotes de morangos contaminados com vírus de Hepatite A oriundos de Marrocos, país endémico de hepatite A”, indicou.

Embora esteja em curso uma investigação epidemiológica, é verificado “um aumento de número de casos reportados em Janeiro e Fevereiro de 2024, em comparação com igual período de anos anteriores”.

Em 2020, foram reportados quatro casos, entre Janeiro e Fevereiro, em 2021, dois casos, em 2022, seis casos, em 2023, dois casos, e em 2024, 18 casos.

Entre 2020 e 2023 foram contabilizados 102 casos.

A DGS recomenda a notificação dos casos suspeitos no SINAVEmed (https://sinave.minsaude.pt/), a realização de um inquérito epidemiológico e a notificação de imediato pelos laboratórios de casos confirmados.

A DGS aconselha ainda o reforço das medidas de saúde pública, como a mensagem da higiene e segurança alimentar, incluindo a lavagem das mãos antes e depois das refeições e a higienização dos espaços de confecção de alimentos, e a lavagem frequente das mãos e higiene pessoal, especialmente da região genital e perianal, particularmente, antes e após o uso de instalações sanitárias e antes e após as relações sexuais.

Também é solicitado um fortalecimento da vacinação.