Disputa judicial pela filha: Brasileiro é acusado de abuso de cadáver no Alabama
O brasileiro Marcus Spanevelo, preso em abril deste ano por suspeita de envolvimento no sumiço e assassinato da ex-mulher, Cassie Carli, natural dos EUA, foi acusado formalmente, semana passada, de ter abusado do cadáver da vítima. A acusação foi feita pelo promotor público Lyle Harmon, do Alabama, onde o corpo da mulher foi encontrado.
Segundo Harmon, a acusação de abuso de cadáver estava “pendente” desde maio, devido à prisão do brasileiro na Flórida. Na segunda-feira (18), o promotor divulgou um comunicado no qual afirma que o réu concordou em ser extraditado ao Alabama, onde permanecerá detido e será julgado judicialmente por essa nova acusação.
O abuso/profanação de cadáver é um crime considerado “Nível C” no Alabama. O estado classifica os casos criminais em três categorias: crimes, contravenções e delitos. Crimes graves potencialmente acarretam sentenças que variam de mais de 1 ano de prisão à pena de morte. Se condenado, ele poderá pegar até 10 anos de detenção.
Marcus seria julgado por 2 acusações no Condado de Santa Rosa (FL): adulteração de provas e obstrução de investigação criminal. As acusações, entretanto, foram suspensas. A decisão se deu devido à prioridade da acusação de abuso de cadáver, considerada mais grave, portanto, ele será julgado no Alabama.
. Relação conturbada:
Marcus Spanevelo, de 34 anos, foi preso no Tennessee por suspeita de envolvimento no desaparecimento da ex-mulher. Cassie Carli, de 37 anos, foi vista pela última vez em 27 de março, quando ela se encontrou com ele, pai de sua filha de 4 anos, no estacionamento de um restaurante em Navarre Beach (FL). No dia seguinte à prisão dele, o corpo da vítima foi encontrado em uma cova rasa em Birmingham (AL), próximo à divisa com a Flórida.
O ex-casal tinha a guarda compartilhada e brigava na justiça pela guarda unilateral da menina. Conforme amigos de Cassie, Marcus ameaçava sempre levar a filha de vez ao Brasil.