ELIZABETH, NJ: Como foi construído – e por quem – o recipiente da cápsula do tempo do Cengtenário do PISC

Por HENRIQUE MANO | News Editor

Uma das iniciativas criadas pelo PISC (Portuguese Instructive Social Club) de Elizabeth, no Estado de New Jersey, para assinalar a passagem do seu centenário – no passado dia 19 de Março, desafiou os seus associados a depositar um objecto numa cápsula do tempo para ser aberta daqui a duas décadas (mais precisamente em 2042).

Foto: JORNAL LUSO-AMERICANO | Os irmão Fernando Albuquerque (esqueci.) e Jorge Abreu na oficina de carpintaria em Elizabeth onde construíram o recipiente em madeira que serve de cápsula do tempo do PISC para os seus 100 anos

A ser colocada numa vitrina da sua sede, a cápsula foi obra dos habilidosos irmãos Jorge Abreu e Fernando Albuquerque – este último presidente da colectividade – que, assim que a ideia veio ao de cima, se encarregaram do projecto.

Foto: JORNAL LUSO-AMERICANO

“Foi uma ideia desenvolvida em conjunto pelo nosso comité organizador do centenário”, afirma Fernando Albuquerque, falando ao jornal LUSO-AMERICANO. “Vai estar visível a todos, até para que os sócios possam dizer aos filhos e netos que está ali algo para ser aberto daqui a 20 anos.”

Foto: JORNAL LUSO-AMERICANO

O recipiente em madeira ganhou formas na oficina de carpintaria em Elizabeth de Abreu e Albuquerque, a ‘AJA Woodworking’, criada em 1996. Rectangular, todo em raiz nogueira, leva gravado o brasão do PISC (feito em madeira ‘maple’, tal como os embutidos e o rodapé para o devido contraste) “e levou-nos praticamente um mês a fazer, em sessões intercalares que devem perfazer as 30 horas”, conta Jorge Abreu. “Chegámos a trabalhar de madrugada no projecto, uma vez que temos a nossa ocupação profissional durante o dia. O brasão foi o que deu mais trabalho fazer…”.

Foto: JORNAL LUSO-AMERICANO

Com duas pegas rústicas em metal de lado a conduzir com a tonalidade da madeira de que se reveste, o recipiente só foi para o PISC no dia anterior à gala. “É uma marca que deixamos para o futuro e, dessa forma, contribuímos para o historial desta casa centenária que é de todos nós”, sublinha Jorge Abreu, emocionado.

Foto: JORNAL LUSO-AMERICANO

O emigrante de Carregal do Sal confessa que ainda pensa num projecto… “Antes de sairmos da direcção, gostaríamos de deixar o salão nobre com a mesma decoração do andar de baixo.” Tal como já fizeram quando, em 2019, durante quatro meses, trabalharam a custo zero para remodelar a área do bar do PISC.

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