EM JANEIRO: Sérgio Conceição admite recorrer ao mercado
O FC Porto precisa de fazer “um ou outro ajuste” no plantel durante a janela de transferências de inverno, assumiu hoje o treinador Sérgio Conceição, sem mencionar as posições mais necessitadas de novos futebolistas.
“Vamos entrar num período que está aberto durante demasiado tempo. Esses ajustes ou desajustes que poderão existir são conversas que tenho com o presidente [Jorge Nuno Pinto da Costa] para definirmos aquilo que é o melhor para o FC Porto”, disse o técnico.
Sérgio Conceição foi questionado sobre a actuação dos ‘dragões’ no mercado, que reabre em Janeiro de 2024, durante a conferência de imprensa de lançamento da recepção ao lanterna-vermelha Desportivo de Chaves.
“O meu sentimento é de que é pior quando se mexe. O mercado de Janeiro deveria servir para haver reajustes, até porque podem existir lesões do género daquela que teve o Iván Marcano. Agora, não me parece que seja o melhor entrar três ou quatro nomes e saírem outros tantos. Ou são atletas de qualidade inequívoca, não havendo dúvidas de que eles chegam e entram de caras, ou o seu tempo de adaptação coincide com as férias”, notou.
Convicto de que o clube “não tem arcaboiço para ir buscar grandes estrelas”, o treinador opta “muitas vezes por confiar no seu grupo de trabalho”, mesmo vendo diferenças mais esbatidas sempre que os candidatos ao título enfrentam os restantes primodivisionários.
“Vim de uma equipa do FC Porto em que a base era toda da formação. Hoje, com a Lei Bosman, que permite uma livre circulação de atletas, vai tudo embora, sejam os bons, os menos bons e os mais ou menos. É bem mais fácil um jogador do Rio Ave, do Famalicão ou do Arouca estar no FC Porto do que antigamente. Quando se fala numa conquista de títulos europeus, tem muito a ver com isto. É muito difícil guardar os melhores jogadores durante três ou quatro anos. Se conseguíssemos isso e houvesse capacidade financeira, estaríamos a ombrear com os grandes ‘tubarões’. Assim, fica muito mais difícil”, avaliou.