ENTRE 100 E 200 EUROS: Pensionistas recebem suplemento em Outubro
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou quarta-feira que o Governo vai aprovar um suplemento extraordinário para as pensões mais baixas, que irá variar entre os 100 e 200 euros, e será pago em Outubro.
Luís Montenegro anunciou um “suplemento extraordinário” que será de 200 euros para quem tenha pensão até 509,26 euros, de 150 euros para as pensões entre 509,26 e 1018,52 euros, e 100 euros para as pensões entre 1018,52 e 1527,78.
O chefe do Governo afirmou que a sua “vontade” seria que estes valores pudessem responder a um aumento das pensões de “forma permanente” para os próximos anos, mas que isso não é possível neste momento.
“No próximo ano, se tivermos uma situação financeira igual, ou melhor, tomaremos [decisões] de acordo com essa disponibilidade, e vamos fazer assim, acompanhando o aumento legal das pensões, com uma gestão equilibrada das contas públicas”, sublinhou.
O chefe do executivo anunciou também a criação de mais vagas para o curso de medicina, de forma a compensar as aposentações dos médicos do Serviço Nacional de Saúde, e um passe ferroviário de 20 euros mensais que dará acesso a todos os comboios urbanos, regionais, inter-regionais e intercidades.
O passe está incluído num “plano de mobilidade” que será aprovado com os objectivo de facilitar a utilização de meios de transporte sustentáveis, que não causem problemas ambientais, disse ainda.
O chefe do Governo também definiu como uma prioridade estratégica do executivo “formar mais médicos”.
“Vamos fazer mais escolas de medicina em hospitais que tendo um corpo docente, vão dar mais possibilidades dos novos médicos poderem progredir no conhecimento e na sua carreira”, assegurou o primeiro-ministro.
Montenegro criticou aqueles que têm “diminuído” as decisões tomadas nos últimos meses pelo Governo, sobretudo os que afirmam que o executivo está a resolver “problemas pequenos”, realçando os acordos conseguidos com professores, polícias, oficiais de justiça ou guardas prisionais.
Para o primeiro-ministro, é importante “ter bons professores nas escolas, polícias motivados na rua, os tribunais a funcionar a tempo e horas, médicos e enfermeiros nos hospitais e nos centros de saúde”: “Nós estamos a pensar estratégica e estruturalmente do futuro de Portugal.”